terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

CIRCULAÇÃO EM LOJA DE REAA.

 

Circulação em Loja: REAA

 

Introdução:

A circulação em Loja, para a maioria dos ritos, ocorre no sentido horário, copiando a trajetória aparente do sol, idealizada em um período da história que o conhecimento de astronomia e ciência era limitado para um pequeno grupo de filósofos e estudiosos. Hoje, com a difusão do conhecimento astrofísico, não é possível ignorar tais conhecimentos na pratica ritualística de um Templo que representa o Universo.

No Brasil, há predominância de Lojas Maçônicas que praticam o REAA, fato inusitado brasileiro, na contramão do resto do mundo, o que causa uma influência muito grande deste rito no entendimento em diversos assuntos maçônicos. Estudando os ritos praticados, temos uma variação muito grande de circulação, como em esquadria, destrocêntica, sinistrocêntrica, horário no Ocidente e anti-horário no Oriente, horária somente no Ocidente, horária em determinada circunstância e anti-horária em outra, cada uma com suas justificativas, seja exotérica, tradição, trabalho, Caminho da Luz, etc.

 

 



Teórico:

Em sua página web, Kennyo Ismail cita: “A verdade é que girar em sentido horário em volta de um Altar não é coisa recente. Enquanto os egípcios valorizaram o lado esquerdo como o lado espiritual, os gregos antigos tinham o lado esquerdo como o “desfavorável” e o direito como o “favorável”, visto que, em regra, o braço direito favorece mais o dono do que o esquerdo. Daí surgiu a referência popular de que “fulano é meu braço direito”. Por esse entendimento, a circulação em torno dos altares gregos era sempre realizada de forma que o lado direito ficasse próximo ao altar. 

Já os romanos, adotando o mesmo procedimento, vieram a chamar essa circulação de “dextrovorsum” e relacioná-la ao aparente movimento que o Sol faz diariamente em torno da Terra. Esse aparente movimento do Sol se deve ao fato da Terra girar no sentido anti-horário em torno de seu eixo (Rotação), o que gera a percepção para seus habitantes de que é o Sol que está se movendo no sentido horário.

Vários outros povos em diferentes épocas, tendo sempre o aparente movimento do Sol como referência, também adotavam a circulação em sentido horário, tendo altares, fogueiras, totens ou sacrifícios como eixo. Uma prática de certa forma universal. Interpretando o Templo Maçônico como um microcosmo da Terra, é fácil compreender sua adoção no REAA e em vários outros Ritos.” (KENNYO ISMAIL, 2011)

Já Raimundo Junior afirma que “A palavra Circulação significa Caminhar em Círculos, não devendo se confundir com enquadrar que seria andar reto virando em ângulo de 90°. O fato de andar em círculo em torno de um Objeto, uma Área ou um Altar, se constitui em prática muito antiga, e quando essa prática passou a fazer parte de um Ritual, começou a ser denominado Rito de Perambulação. Assim, esse Ritual passou a fazer parte do Rito de Emulação, especialmente na Cerimônia de Iniciação da Maçonaria. No Templo Maçônico, estando a Loja composta, a Circulação no espaço entre as Colunas do Norte e do Sul, é feita ‘em torno’ do que seria o Painel atualmente denominado Pavimento Mosaico, para o Grau de Aprendiz, ‘sem sentido horário’, isto é, no mesmo sentido dos ponteiros do relógio, para n que o ‘Trabalho do homem deve começar com o nascer do Sol- na aurora terminar ao cair da noite – no ocaso – Representa também a Marcha a caminho da esplendorosa luz do Sol.” (RAIMUNDO D’ELIA JUNIOR, 2008)

Entende-se que a circulação em Loja deve obedecer às forças naturais do cosmo e do planeta, cuja circulação no hemisfério norte deverá ser difere do hemisfério sul. Entende-se ainda que tudo presente na face da Terra está sujeito às leis mecânicas que atuam sobre a mesma, o que é uma verdade inconteste, justificando a reprodução destas leis nas práticas maçônicas durante a ritualística.

Sendo o Templo Maçônico a representação do universo, pois para os maçons o universo é um Templo, as forças que regem o universo e o planeta Terra, deverão também reger a circulação no Templo, ou seja, a circulação em loja deverá ocorrer conforme a circulação das águas e dos ventos, regidos pela força de Coriolis.

Esta força aparece devido rotação da Terra atua em ângulo reto com a direção do vento, forçando-o para a esquerda no hemisfério sul e para a direita no hemisfério norte, qualquer que seja o seu sentido (equador/polo ou polo/equador).

Uma Loja é uma pseudo materialização do universo, é o famoso micro e macrocosmo. Nas paredes dos Templos temos as Colunas Zodiacais e um ano é o tempo que o sol gasta para “circular” por todos os signos zodiacais. O interessante é que todo ano se inicia sob o signo zodiacal de Capricórnio (22/12 - 20/1), mas a nossa primeira Coluna Zodiacal é Áires. Seguindo a mesma sequência da astronomia (Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem) encontraremos estas colunas do extremo Ocidente indo para o Oriente do lado norte. A segunda sequência (Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) inicia-se junto ao Oriente e segue até o extremo ocidente do lado sul.

Portanto fazer uma volta ou circular no Templo é passar em frente a estas colunas é como aparentemente faz o astro rei, sempre no sentido destrocêntrico. Ao passarmos da Coluna do Norte para a Coluna do Sul e cruzarmos a linha imaginaria que separa estas duas Colunas, devemos parar, olhar para o Delta Luminoso e fazer o sinal que alude o juramento. O cumprimento é feito ao Delta/IOD, nunca ao Venerável Mestre. É importante esclarecer que no Oriente não caminhamos, também circulamos.

Por mais apertado que possa ser, devemos ter a consciência do “circular energias”. No sentido Orador para Secretário, devemos andar o mais próximo possível ao Altar do Venerável, no sentido Secretário para Orador, o mais próximo possível da balaustrada.

 

Sobre a Circulação Angular (esquadria):

Deve-se mudar o sentido da circulação de forma angular? Segundo Sergio Quirino, somente se em seu ritual for explicito é que os Irmãos devem caminhar em esquadria. Dessa forma não estamos traçando círculos ao redor do “ponto que fica entre duas linhas”, estamos traçando retângulos.

A origem desta “paradinha” e mudança de 90 graus na marcha é uma herança dos primórdios da Maçonaria, quando o Painel do Grau era um grande tapete que fica estendido no chão e para evitar que o iniciado (de olhos vendados) pisasse nele, um Irmão mais atento ou experto, virava seu tronco toda vez que ele alcançava a quina do tapete. E assim ele ia fazendo as viagens, sempre em paralelo ao Painel e esquadrejando as pontas.

M.'.M.'.: Joaquim Neto.

 

Fontes:

http://weber-varrasquim.blogspot.com/2011/07/circulacao-em-loja-do-reaa.html

https://blogdojovemaprendiz.wordpress.com/2017/01/03/circulacao-em-loja/

https://cavsaojoaobatista.com.br/circulacao-em-loja/

 

sábado, 13 de fevereiro de 2021

AUG.'. e RESP.'. LOJ.'. MAÇ.'. DE CAMPOS RIBEIRO 51, HA 37 ANOS LEVANTANDO TEMPLOS A VIRTUDE E CAVANDO MASMORRAS AO VICÍO.

     Em 1983 os obreiros da Loja Maçônica Sourense nº 5 decidram levar os seus trabalhos do Oriente de Belém para o Oriente de Soure na Ilha do Marajó, alguns de seus obreiros não tinham como fequentar as sessões fora do continente e decidiram fudar uma nova Oficina no Oriente de Belém, com o apóio da Glepa, que sugeriu que a nova Loja homenagea-se um dos maiores nomes da maçonária paraense e brasileira "José Sampaio De Campos Ribeiro", em 13 de Fevereiro 1984 foi fundada a Aug.'. e Resp.'. Loj.'. Maç.'. de Campos Ribeiro, que recebeu o assento de 51 na constelação da Grande Loja Maçonica do Estado do Pará, tendo como seu primeiro Veneravel Mestre o saudoso Ir..'. Vitor Jamielmiask, a Loja foi fundada em uma quinta feira no templo da có irma Cosmopolita nº 2 e em seguida concentrou suas reuniões no templo a Loja Apolinário Moreira 21, com a aquisição do antigo templo da Grande Loja por um shopinng no centro de Belém a De Campos Ribeiro contribui de forma sihuinificativa para cosntrução do atual Templo da Glepa, por isso tem o titulo de Grande Benemérita da Ordem e desde então se reune neste templo as terças feiras .

    Ao longo desses 37 anos a Loja Maçonica De campos Ribeiro, ou DCR51 como a chamamos , vem cumprindo com seu papel social de aprimoramento e desenvolvimento moral e ético de seus mebros , para que atrvés de seus exemplos possam inspirar uma sociedade mais justa e fraterna, e de certo ainda temos muito com que contribuir para história, hoje tento como Ven.'. Mest.'. o Ir.'. Hrivelton Beltrão, e um quadro de 35 obreiros que se sentem altivos pela data de 37 anos dessa honrrosa Ofina .

     

sábado, 6 de fevereiro de 2021

VAMOS VOLTAR REGAR O CAMPO DO CONHECIMENTO COM ESTUDO E AMOR FRATERNO !

     Á Gl.'. do G.'. A.'. D.'.U.'. , depois de muito tempo mesmo, retornei a visitar este blogger que foi criado pelo querido Ir.', André Gondim há alguns anos atrás , com o intuido de divulgar as peças de arquitetura dos Obreiros de nossa Oficina, a Aug.'. e Resp. Loj. Maç. De Campos Ribeiro 51, e por muito tempo não somente as peças apresentadas em nossa Loja foram inseridas aqui como também outras peças de maravilhoso e rico conteudo por outros IIr.". que visitaram a Oficina e que concordaram na divulgação seus belos trabalho. É incrivel como deixamos o cotidiano tomar conta de nós e sem perceber nos vemos sem lapitar nossas asperesas, sem usar o prumo e sem usar a pracha para traçar o trabalho que nos cabe como construtores sociais.

    Estamos em um momento muito delicado para humanidade, enfrentando uma pandemia que atinge a todos não somente na questão da vida, da saude mas também na econômia nas relações sociais e etc, a maçonária também afetada principalmente em relação a suas reuniões semanais , o que acaba enfraquecendo laço que  nos une , deixando pobre o maior tesouro que nossa Ordem produz, o cohecimento, a troca de experiência , o progresso na ordem e na sua contribuição na construção em uma sociendade melhor pois as intruções no templo estão interrompidas, as sessões virtuais não tem a mesma atração e são facilmente deixadas em segundo plano diante do" novo normal ". Então meus IIr.'. venho aqui sugerir que voltemos a utilizar este canal como meio de divulgação de nossas peças , mesmo as antingas, que possamos voltar a regar o campo do conhecimento e do amor fraterno que nos une como verdadeiros IIr.'.