Meus Queridos Irmãos,
Há poucos dias eu distribuí um texto sobre a Pedra Fundamental, que teve até muita repercussão, pois parece que foi considerado um assunto interessante. Aquele texto havia sido feito para responder a um questionamento feito anteriormente, por outro Irmão.
Depois de divulgado, recebi uma pergunta que também pareceu-me interessante, agora por outro motivo, que envolve questão do simbolismo. Bem, essa matéria eu sabia que já tinha visto, mas o difícil era localizar a foto explicativa. Como agora achei, vou passar isto também para os Irmãos. A pergunta foi: como uma pedra desse tamanho (e sabendo-se que na antiguidade as pedras das construções utilizadas eram realmente grandes), era afixada por aquele único pino no topo da pedra, e depois era erguida com uma corrente e colocada em seu lugar, sem que o pino se soltasse e a pedra despencasse? Afinal, se essa pedra cúbica medisse uma jarda de lado, pesaria pelo menos umas 3 toneladas (dependendo do material, é claro)... A pergunta parece tola, mas realmente não é. A solução é uma das que comprovam (havia muitas outras questões do mesmo gênero) que os pedreiros da idade média tinham mesmo razão em guardar seus segredos, pois isso é o que lhes permitia ostentar o excelente status de que gozavam, a ponto de serem considerados "pedreiros-livres", ou seja, tinham autorização para livremente transitar entre as comunidades independentes de então, sem serem molestados, quando se dirigiam para novas obras, por exemplo. Eram até disputados. Bem, mais uma vez, a explicação está na foto anexa. Dêem uma olhada e retornem ao texto, pois não é tão simples de entender só com uma passada de olhos. Então: em primeiro lugar, uma solução engenhosa era mesmo necessária, porque não seria possível fazer um furo passante com uma porca ou um pino de trava do outro lado, por exemplo, porque no assentamento da pedra, dependendo do seu local definitivo, não haveria como tirar essa porca ou pino de trava do lado de baixo, porque a pedra despencaria FORA DO LUGAR, e seria bem mais difícil recolocá-la alinhada. Obviamente, pelo mesmo motivo não se poderia passar a corrente por baixo pedra: não daria para tirá-la depois que a pedra ficasse sobre ela. A solução encontrada: foi fazer um furo QUADRADO, ou RETANGULAR no topo da pedra, com um ponteiro e um maço normal de cantaria, mas furo esse que ia se alargando na medida em que se aprofundava na pedra, ficando com uma forma trapezoidal, se visto de lado, quadrado, ou retangular, se visto de cima e retangular se visto da outra lateral. Agora, reparem o que vai colocado dentro desse furo: são TRÊS peça de metal: a do centro tem a forma de uma PLACA com todos os lados em ângulo reto (noventa graus). Mas duas laterais, que são iguais, vão se alargando no fundo, uma para a direita e outra para a esquerda. Essas peças eram bem justas e tinham um furo na parte que ficava por fora da pedra. Então, para colocar as placas, colocava-se primeiro uma lateral e empurrava-se a mesma até ela se encaixar no alargamento do fundo. Depois, colocava-se a outra lateral, a qual era empurrada para o lado oposto, até também se encaixar no alargamento do fundo, do seu lado. Assim sobrava o vão no centro, onde era encaixada verticalmente a terceira peça, com o formato de placa, que descia reta no seu lugar e ali ficava. Sua função era só manter as outras duas afastadas entre si, para ficarem presas na pedra. Isso feito, era colocada a peça de metal em "U" invertido, ou seja, em forma de estribo, de forma que as três placas ficassem dentro do "U" e os cinco furos (dois do estribo e mais um de cada uma das três placas) ficassem alinhados. Por último, passava-se um pino de metal pelos cinco orifícios (do estribo e das três placas alinhadas), pino esse que tinha uma cabeça de um lado e era travado com um contra-pino passando na ponta que saia do outro lado das três placas. Pronto: agora a pedra estava pronta, com uma alça no topo, que não tinha como se soltar, a menos que se tirasse a trava, o pino, o estribo, a placa central e por último as duas placas laterais, uma de cada vez , tudo nessa ordem. Aí era só encaixar o gancho da corrente, passar a corrente pela carretilha, prender a carretilha em um suporte (geralmente um tripé de troncos resistentes ou algo assim), colocar o tripé sobre o local exato onde a pedra seria depositada, içar a pedra vagarosamente e com força braçal ajustá-la e descê-la até seu local definitivo, aí retirando-se todas a parafernália. rudimentar, mas altamente prática. Bem, agora vem a parte MAÇÔNICA: esse dispositivo recebeu um nome original em inglês, vindo do latim (porque o expediente já era usado pelos romanos) e por corruptelas, acabou resultando no nome "LEWIS". E foi levado como um dos ornamentos das lojas inglesas e escocesas, com seu simbolismo próprio, como todas as demais ferramentas e instrumentos dos pedreiros. Essa miniatura, inclusive com o tripé, fica (ou ficava, porque o costume é só no Reino Unido e por aqui pouquíssimas lojas o tinham) no canto NORDESTE DO TEMPLO, perto do Prim. Diác. Quanto ao simbolismo, o nome LEWIS serve também para designar o que equivaleria aos nossos Lowtons. E o significado simbólico, então, em alusão àquele grampo de metal que sustenta o peso da pedra e permite conduzi-la ao seu correto destino, seria o de FIRMEZA, APOIO AOS MAIS NOVOS, SEGURANÇA, DIRECIONAMENTO, por aí. É isso aí, meus Irmãos. Não deixem de ver e ANALISAR a foto, para entender bem. E se quiserem, guardem, pois parece-me muito pouco provável que isso esteja escrito tudo junto em algum lugar, já que ninguém presta atenção nesse tipo de detalhe, além de ser um costume praticamente inexistente fora da Inglaterra e da Escócia, ou de suas lojas "over-seas". Aos Aprendizes, em especial, muito cuidado para não confundir estes dois temas de que tratamos sob o título de Pedra Fundamental e Lewis, com a Pedra Cúbica que todas as lojas normalmente possuem na decoração, muito menos com a outra pedra, denominada Pedra Cúbico-Piramidal, Pedra Pontiaguda, Perfeito Silhar e outros nomes, que algumas lojas ainda mantêm no lugar da prancheta de traçar, que tem significado, simbolismo e uso totalmente diferente e algumas lojas ainda mantêm (do tempo das Lojas Capitulares, hoje extintas no Simbolismo). Isso ficou mal resolvido quando as Lojas Capitulares foram extintas, e a prova está aí: os rituais que ainda não foram mutilados, bem como toda a literatura de bom nível, falam que toda loja tem três jóias fixas e três moveis, que fazem parte dos equipamentos para que ela possa funcionar. E todos, ou pelo menos os mais antigos, devem lembrar-se de que as três jóias móveis são a Pedra Bruta, a Pedra cúbica e a Prancheta de Traçar. Bem, aonde foi parar a Prancheta de Traçar das lojas? Acho que ela SUMIU da maioria das Lojas, e o máximo que se encontra é um símbolo no Painel do Grau. Só que ela aparece no Painel do Gr. 1, no Painel do Gr. 2 mas NÃO APARECE NO PAINEL DO GRAU 3. Não vou conferir em todos os ritos, mas garanto de cabeça que no painel do REAA não aparece... Então, onde foi parar essa JÓIA MÓVEL, que nas instruções nós vivemos repetindo que está lá na Loja? Bem, nos idos tempos, ela deveria mesmo estar ali pelo NORDESTE DA LOJA, eu acho. Depois foi parar no Perfeito Silhar, ou Pedra Cúbico-Piramidal, ou Pontiaguda, etc. Depois esta sumiu de praticamente todas as lojas (ainda existem algumas) e,
no máximo, tem um resquício de desenho nos painéis citados. É isso aí, meus Irmãos. Qualquer horinha a gente conversa mais. E se alguém tiver mais informações, pode ir colocando para que eu vá completando meus dados também. Eu ainda tenho mais alguns dados interessantes sobre o
tema PEDRA FUNDAMENTAL, mas esta mensagem já ficou muito longa.
Há poucos dias eu distribuí um texto sobre a Pedra Fundamental, que teve até muita repercussão, pois parece que foi considerado um assunto interessante. Aquele texto havia sido feito para responder a um questionamento feito anteriormente, por outro Irmão.
Depois de divulgado, recebi uma pergunta que também pareceu-me interessante, agora por outro motivo, que envolve questão do simbolismo. Bem, essa matéria eu sabia que já tinha visto, mas o difícil era localizar a foto explicativa. Como agora achei, vou passar isto também para os Irmãos. A pergunta foi: como uma pedra desse tamanho (e sabendo-se que na antiguidade as pedras das construções utilizadas eram realmente grandes), era afixada por aquele único pino no topo da pedra, e depois era erguida com uma corrente e colocada em seu lugar, sem que o pino se soltasse e a pedra despencasse? Afinal, se essa pedra cúbica medisse uma jarda de lado, pesaria pelo menos umas 3 toneladas (dependendo do material, é claro)... A pergunta parece tola, mas realmente não é. A solução é uma das que comprovam (havia muitas outras questões do mesmo gênero) que os pedreiros da idade média tinham mesmo razão em guardar seus segredos, pois isso é o que lhes permitia ostentar o excelente status de que gozavam, a ponto de serem considerados "pedreiros-livres", ou seja, tinham autorização para livremente transitar entre as comunidades independentes de então, sem serem molestados, quando se dirigiam para novas obras, por exemplo. Eram até disputados. Bem, mais uma vez, a explicação está na foto anexa. Dêem uma olhada e retornem ao texto, pois não é tão simples de entender só com uma passada de olhos. Então: em primeiro lugar, uma solução engenhosa era mesmo necessária, porque não seria possível fazer um furo passante com uma porca ou um pino de trava do outro lado, por exemplo, porque no assentamento da pedra, dependendo do seu local definitivo, não haveria como tirar essa porca ou pino de trava do lado de baixo, porque a pedra despencaria FORA DO LUGAR, e seria bem mais difícil recolocá-la alinhada. Obviamente, pelo mesmo motivo não se poderia passar a corrente por baixo pedra: não daria para tirá-la depois que a pedra ficasse sobre ela. A solução encontrada: foi fazer um furo QUADRADO, ou RETANGULAR no topo da pedra, com um ponteiro e um maço normal de cantaria, mas furo esse que ia se alargando na medida em que se aprofundava na pedra, ficando com uma forma trapezoidal, se visto de lado, quadrado, ou retangular, se visto de cima e retangular se visto da outra lateral. Agora, reparem o que vai colocado dentro desse furo: são TRÊS peça de metal: a do centro tem a forma de uma PLACA com todos os lados em ângulo reto (noventa graus). Mas duas laterais, que são iguais, vão se alargando no fundo, uma para a direita e outra para a esquerda. Essas peças eram bem justas e tinham um furo na parte que ficava por fora da pedra. Então, para colocar as placas, colocava-se primeiro uma lateral e empurrava-se a mesma até ela se encaixar no alargamento do fundo. Depois, colocava-se a outra lateral, a qual era empurrada para o lado oposto, até também se encaixar no alargamento do fundo, do seu lado. Assim sobrava o vão no centro, onde era encaixada verticalmente a terceira peça, com o formato de placa, que descia reta no seu lugar e ali ficava. Sua função era só manter as outras duas afastadas entre si, para ficarem presas na pedra. Isso feito, era colocada a peça de metal em "U" invertido, ou seja, em forma de estribo, de forma que as três placas ficassem dentro do "U" e os cinco furos (dois do estribo e mais um de cada uma das três placas) ficassem alinhados. Por último, passava-se um pino de metal pelos cinco orifícios (do estribo e das três placas alinhadas), pino esse que tinha uma cabeça de um lado e era travado com um contra-pino passando na ponta que saia do outro lado das três placas. Pronto: agora a pedra estava pronta, com uma alça no topo, que não tinha como se soltar, a menos que se tirasse a trava, o pino, o estribo, a placa central e por último as duas placas laterais, uma de cada vez , tudo nessa ordem. Aí era só encaixar o gancho da corrente, passar a corrente pela carretilha, prender a carretilha em um suporte (geralmente um tripé de troncos resistentes ou algo assim), colocar o tripé sobre o local exato onde a pedra seria depositada, içar a pedra vagarosamente e com força braçal ajustá-la e descê-la até seu local definitivo, aí retirando-se todas a parafernália. rudimentar, mas altamente prática. Bem, agora vem a parte MAÇÔNICA: esse dispositivo recebeu um nome original em inglês, vindo do latim (porque o expediente já era usado pelos romanos) e por corruptelas, acabou resultando no nome "LEWIS". E foi levado como um dos ornamentos das lojas inglesas e escocesas, com seu simbolismo próprio, como todas as demais ferramentas e instrumentos dos pedreiros. Essa miniatura, inclusive com o tripé, fica (ou ficava, porque o costume é só no Reino Unido e por aqui pouquíssimas lojas o tinham) no canto NORDESTE DO TEMPLO, perto do Prim. Diác. Quanto ao simbolismo, o nome LEWIS serve também para designar o que equivaleria aos nossos Lowtons. E o significado simbólico, então, em alusão àquele grampo de metal que sustenta o peso da pedra e permite conduzi-la ao seu correto destino, seria o de FIRMEZA, APOIO AOS MAIS NOVOS, SEGURANÇA, DIRECIONAMENTO, por aí. É isso aí, meus Irmãos. Não deixem de ver e ANALISAR a foto, para entender bem. E se quiserem, guardem, pois parece-me muito pouco provável que isso esteja escrito tudo junto em algum lugar, já que ninguém presta atenção nesse tipo de detalhe, além de ser um costume praticamente inexistente fora da Inglaterra e da Escócia, ou de suas lojas "over-seas". Aos Aprendizes, em especial, muito cuidado para não confundir estes dois temas de que tratamos sob o título de Pedra Fundamental e Lewis, com a Pedra Cúbica que todas as lojas normalmente possuem na decoração, muito menos com a outra pedra, denominada Pedra Cúbico-Piramidal, Pedra Pontiaguda, Perfeito Silhar e outros nomes, que algumas lojas ainda mantêm no lugar da prancheta de traçar, que tem significado, simbolismo e uso totalmente diferente e algumas lojas ainda mantêm (do tempo das Lojas Capitulares, hoje extintas no Simbolismo). Isso ficou mal resolvido quando as Lojas Capitulares foram extintas, e a prova está aí: os rituais que ainda não foram mutilados, bem como toda a literatura de bom nível, falam que toda loja tem três jóias fixas e três moveis, que fazem parte dos equipamentos para que ela possa funcionar. E todos, ou pelo menos os mais antigos, devem lembrar-se de que as três jóias móveis são a Pedra Bruta, a Pedra cúbica e a Prancheta de Traçar. Bem, aonde foi parar a Prancheta de Traçar das lojas? Acho que ela SUMIU da maioria das Lojas, e o máximo que se encontra é um símbolo no Painel do Grau. Só que ela aparece no Painel do Gr. 1, no Painel do Gr. 2 mas NÃO APARECE NO PAINEL DO GRAU 3. Não vou conferir em todos os ritos, mas garanto de cabeça que no painel do REAA não aparece... Então, onde foi parar essa JÓIA MÓVEL, que nas instruções nós vivemos repetindo que está lá na Loja? Bem, nos idos tempos, ela deveria mesmo estar ali pelo NORDESTE DA LOJA, eu acho. Depois foi parar no Perfeito Silhar, ou Pedra Cúbico-Piramidal, ou Pontiaguda, etc. Depois esta sumiu de praticamente todas as lojas (ainda existem algumas) e,
no máximo, tem um resquício de desenho nos painéis citados. É isso aí, meus Irmãos. Qualquer horinha a gente conversa mais. E se alguém tiver mais informações, pode ir colocando para que eu vá completando meus dados também. Eu ainda tenho mais alguns dados interessantes sobre o
tema PEDRA FUNDAMENTAL, mas esta mensagem já ficou muito longa.
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