A ACÁCIA - SIMBOLISMO DAS PLANTAS
Sob a denominação de Acácia são conhecidas diversas espécies de árvores e arbustos de diferentes gêneros, todos incluídos na família das leguminosas. São encontradas na África, Ásia e América. São muito usadas para fins ornamentais.
O que efetivamente nos interessa é a ligação dela com a Maçonaria.
A Acácia, hodiernamente, é consagrada como símbolo nas cerimônias da Maçonaria, o que não acontecia em outros tempos. Não tinha qualquer significação mística nem caráter sagrado. Seu uso era meramente ornamental, na confecção de grinaldas, juntamente com outras plantas odoríficas como a Canela, a Alfazema a até mesmo o Alecrim.
Ao tempo de Moisés a madeira da Acácia já era tida como sagrada entre os hebreus. Tanto é que ele recebeu ordem de fazer o Tabernáculo, A Arca da Aliança, a mesa para colocar os pães e o resto do mobiliário sagrado, com esse tipo de madeira. Isaías, ao enumerar as graças que haveria de outorgar aos israelitas, ao voltarem do cativeiro, disse que plantaria no deserto, para seu descanso e gozo, o Cedro, a Acácia, o Abeto entre outras árvores. Observamos, ao estudar o simbolismo da Acácia, que essa árvore é escolhida entre as espécies dos bosques, para fins sagrados. A Acácia era tida, entre os judeus, como a árvore mais sagrada. Por tais motivos os primitivos mestres, conhecedores da história de Israel, adotaram-na como símbolo de uma importante verdade.
Um dos símbolos de maior interesse para os estudiosos da Maçonaria é a Acácia, não somente pelo seu significado peculiar, mas também porque lhe abre um campo extenso e belo de investigações: o simbolismo das plantas sagradas.
Nos antigos rituais iniciáticos e religiosos sempre houve o simbolismo de uma determinada planta, a ser venerada como emblema sagrado. Nos Mistérios de Dionísio se empregava a Hera; nos de Ceres, o Myrto; nos de Osiris, a Urze e nos de Adônis, a Alface.
No sistema místico da Maçonaria, a Acácia é o símbolo da imortalidade da alma, uma importante doutrina que constitui objeto fundamental da Instituição.
A natureza evanescente das flores, que florescem e murcham, nos recorda quão transitória é a vida humana enquanto matéria. Já, a renovação da planta, que parece sempre jovem e vigorosa (a Acácia), lembra-nos a vida espiritual, na qual a alma goza de terna primavera e juventude imortal, uma vez liberta da carga da matéria.
Nas pompas fúnebres da Maçonaria diz-se “ Estes ramos verdejantes simbolizam a nova vida, que tem na morte o seu ponto de partida “ ou “ Esta planta perene é o símbolo da nossa crença na imortalidade da alma. Ela nos lembra que, em nosso íntimo, existe uma parte imortal que sobreviverá ao túmulo e que jamais perecerá”. Nos funerais antigos, ramos de plantas perenes eram depositadas nos túmulos. Os hebreus plantavam, à cabeceira dos túmulos, um ramo de Acácia. Os gregos adornavam os túmulos com ervas e flores, sendo as mais empregadas, o Amaranto e o Myrto. O Amaranto pretendia indicar a verdade simbólica nesse antigo costume, embora arqueólogos afirmem que ele expressava, tão somente, o amor dos vivos para com os mortos. No decorrer dos tempos, nas cerimônias fúnebres, as diversas plantas então usadas, foram sendo substituídas pela Acácia. Acreditavam ser ela incorruptível e inatacável pelos insetos, simbolizando com isso a natureza incorruptível da alma.
A Acácia é, também, o símbolo da Inocência. O vocábulo Akakia significa, ao mesmo tempo, a planta em questão e a qualidade moral de Inocência ou Pureza de Vida. Nesse sentido o simbolismo se refere aquele Homem sobre cuja cova se plantou um ramo de Acácia e que, por sua conduta virtuosa se converteu em modelo de Maçom.
Outras plantas simbolizavam as “virtudes e qualidades” da alma. A Oliveira, tipicamente mediterrânea, simbolizava a Pureza, a Liberdade e ainda hoje é usada como símbolo da Paz. O Marmeleiro, entre os gregos, era símbolo de Felicidade e Amor e, por essa razão, as Leis de Solon ordenavam que, nos matrimônios atenienses, os noivos comessem, juntos, um marmelo. A Palma era o símbolo da vitória: o Alecrim, da Memória, da Recordação; o Perrexil, símbolo da dor. Assim, quando a Maçonaria adotou a Acácia como símbolo da Inocência, não o fez senão adotar o costume universal de consagrar determinadas plantas à certas virtudes.
Como já citamos, todos os rituais antigos utilizavam-se de uma determinada planta, consagrada por sua significação esotérica e que desempenhava papel importante na representação nos ritos, principalmente nas cerimônias de Iniciação. Nos mistérios de Adônis, oriundos da Fenícia e transferidos para a Grécia, representava-se sua morte e ressurreição; diz a lenda que Adônis foi morto por um javalí. Afrodite, que o amava tanto quanto Perséfone, que o criara, depositou seu corpo num leito de alfaces. Para reverenciar seu amado, Afrodite instituiu, anualmente, uma cerimônia, quando os iniciados deveriam conduzir vasos de barro plantados com alface. Por isso a alface foi consagrada nos mistérios Adonisíacos.
Segundo Lachatrê, a Maçonaria Moderna substituiu o Lótus na Maçonaria Egípcia, o Myrto na Maçonaria grega, o Salgueiro na Maçonaria caldáica, o Carvalho na Maçonaria druídica, e outras plantas, pela Acácia.
O Lótus, planta sagrada nos ritos brahamânicos, simboliza a trindade elementar (terra, água e ar), Na qualidade de planta aquática, se nutre de todos esses elementos. Os egípcios adotaram o Lótus como planta mística para simbolizar a iniciação e o nascimento na luz celestial. Costumavam representar em seus monumentos, o Sol, nascendo em um cálice de Lótus. De maneira geral, as plantas sagradas eram, em todos os antigos mistérios, um símbolo iniciático. A Iniciação sempre simbolizou, como agora simboliza, a ressurreição para uma vida futura. A imortalidade da alma.
A lição de Sabedoria é semelhante. Muda somente a forma de ensiná-la. Assim, podemos dar à Acácia, três simbolismos: a Iniciação, a Inocência e a Imortalidade. São três interpretações, intimamente unidas, que podem ser observadas quando encontramos, no devido tempo, a verdadeira interpretação maçônica.
Pelo exposto, observamos quão acertada é a colocação da Acácia entre os símbolos maçônicos, cujo ensinamento prega a grande verdade de que a vida do homem, regulada pela fé, pela moral e pela justiça, será recompensada, na hora da morte, com a bem-aventurança da vida eterna.
Lembremo-nos de que Jesus foi crucificado em uma cruz feita de madeira da
Acácia.
Nota – Este trabalho é fruto de andanças entre publicações maçônicas e profanas. O assunto é muito polêmico e admite interpretações das mais variadas. Não o tome como expressão da verdade, mas tão somente como um entendimento pessoal de quem pretendeu adquirir algum conhecimento e dividi-lo contigo.
Colaboração: Gilberto Girardello m\m\ ARLS Amigos do Interior 073 / GOP –PR
Contatos: girardellog@brturbo.com
Bibliografia – A Simbólica Maçônica – Jules Boucher
O Pelicano – Órgão de Divulgação Maçônica
Enciclopédia Britânica – BARSA
Bíblia Sagrada
Sob a denominação de Acácia são conhecidas diversas espécies de árvores e arbustos de diferentes gêneros, todos incluídos na família das leguminosas. São encontradas na África, Ásia e América. São muito usadas para fins ornamentais.
O que efetivamente nos interessa é a ligação dela com a Maçonaria.
A Acácia, hodiernamente, é consagrada como símbolo nas cerimônias da Maçonaria, o que não acontecia em outros tempos. Não tinha qualquer significação mística nem caráter sagrado. Seu uso era meramente ornamental, na confecção de grinaldas, juntamente com outras plantas odoríficas como a Canela, a Alfazema a até mesmo o Alecrim.
Ao tempo de Moisés a madeira da Acácia já era tida como sagrada entre os hebreus. Tanto é que ele recebeu ordem de fazer o Tabernáculo, A Arca da Aliança, a mesa para colocar os pães e o resto do mobiliário sagrado, com esse tipo de madeira. Isaías, ao enumerar as graças que haveria de outorgar aos israelitas, ao voltarem do cativeiro, disse que plantaria no deserto, para seu descanso e gozo, o Cedro, a Acácia, o Abeto entre outras árvores. Observamos, ao estudar o simbolismo da Acácia, que essa árvore é escolhida entre as espécies dos bosques, para fins sagrados. A Acácia era tida, entre os judeus, como a árvore mais sagrada. Por tais motivos os primitivos mestres, conhecedores da história de Israel, adotaram-na como símbolo de uma importante verdade.
Um dos símbolos de maior interesse para os estudiosos da Maçonaria é a Acácia, não somente pelo seu significado peculiar, mas também porque lhe abre um campo extenso e belo de investigações: o simbolismo das plantas sagradas.
Nos antigos rituais iniciáticos e religiosos sempre houve o simbolismo de uma determinada planta, a ser venerada como emblema sagrado. Nos Mistérios de Dionísio se empregava a Hera; nos de Ceres, o Myrto; nos de Osiris, a Urze e nos de Adônis, a Alface.
No sistema místico da Maçonaria, a Acácia é o símbolo da imortalidade da alma, uma importante doutrina que constitui objeto fundamental da Instituição.
A natureza evanescente das flores, que florescem e murcham, nos recorda quão transitória é a vida humana enquanto matéria. Já, a renovação da planta, que parece sempre jovem e vigorosa (a Acácia), lembra-nos a vida espiritual, na qual a alma goza de terna primavera e juventude imortal, uma vez liberta da carga da matéria.
Nas pompas fúnebres da Maçonaria diz-se “ Estes ramos verdejantes simbolizam a nova vida, que tem na morte o seu ponto de partida “ ou “ Esta planta perene é o símbolo da nossa crença na imortalidade da alma. Ela nos lembra que, em nosso íntimo, existe uma parte imortal que sobreviverá ao túmulo e que jamais perecerá”. Nos funerais antigos, ramos de plantas perenes eram depositadas nos túmulos. Os hebreus plantavam, à cabeceira dos túmulos, um ramo de Acácia. Os gregos adornavam os túmulos com ervas e flores, sendo as mais empregadas, o Amaranto e o Myrto. O Amaranto pretendia indicar a verdade simbólica nesse antigo costume, embora arqueólogos afirmem que ele expressava, tão somente, o amor dos vivos para com os mortos. No decorrer dos tempos, nas cerimônias fúnebres, as diversas plantas então usadas, foram sendo substituídas pela Acácia. Acreditavam ser ela incorruptível e inatacável pelos insetos, simbolizando com isso a natureza incorruptível da alma.
A Acácia é, também, o símbolo da Inocência. O vocábulo Akakia significa, ao mesmo tempo, a planta em questão e a qualidade moral de Inocência ou Pureza de Vida. Nesse sentido o simbolismo se refere aquele Homem sobre cuja cova se plantou um ramo de Acácia e que, por sua conduta virtuosa se converteu em modelo de Maçom.
Outras plantas simbolizavam as “virtudes e qualidades” da alma. A Oliveira, tipicamente mediterrânea, simbolizava a Pureza, a Liberdade e ainda hoje é usada como símbolo da Paz. O Marmeleiro, entre os gregos, era símbolo de Felicidade e Amor e, por essa razão, as Leis de Solon ordenavam que, nos matrimônios atenienses, os noivos comessem, juntos, um marmelo. A Palma era o símbolo da vitória: o Alecrim, da Memória, da Recordação; o Perrexil, símbolo da dor. Assim, quando a Maçonaria adotou a Acácia como símbolo da Inocência, não o fez senão adotar o costume universal de consagrar determinadas plantas à certas virtudes.
Como já citamos, todos os rituais antigos utilizavam-se de uma determinada planta, consagrada por sua significação esotérica e que desempenhava papel importante na representação nos ritos, principalmente nas cerimônias de Iniciação. Nos mistérios de Adônis, oriundos da Fenícia e transferidos para a Grécia, representava-se sua morte e ressurreição; diz a lenda que Adônis foi morto por um javalí. Afrodite, que o amava tanto quanto Perséfone, que o criara, depositou seu corpo num leito de alfaces. Para reverenciar seu amado, Afrodite instituiu, anualmente, uma cerimônia, quando os iniciados deveriam conduzir vasos de barro plantados com alface. Por isso a alface foi consagrada nos mistérios Adonisíacos.
Segundo Lachatrê, a Maçonaria Moderna substituiu o Lótus na Maçonaria Egípcia, o Myrto na Maçonaria grega, o Salgueiro na Maçonaria caldáica, o Carvalho na Maçonaria druídica, e outras plantas, pela Acácia.
O Lótus, planta sagrada nos ritos brahamânicos, simboliza a trindade elementar (terra, água e ar), Na qualidade de planta aquática, se nutre de todos esses elementos. Os egípcios adotaram o Lótus como planta mística para simbolizar a iniciação e o nascimento na luz celestial. Costumavam representar em seus monumentos, o Sol, nascendo em um cálice de Lótus. De maneira geral, as plantas sagradas eram, em todos os antigos mistérios, um símbolo iniciático. A Iniciação sempre simbolizou, como agora simboliza, a ressurreição para uma vida futura. A imortalidade da alma.
A lição de Sabedoria é semelhante. Muda somente a forma de ensiná-la. Assim, podemos dar à Acácia, três simbolismos: a Iniciação, a Inocência e a Imortalidade. São três interpretações, intimamente unidas, que podem ser observadas quando encontramos, no devido tempo, a verdadeira interpretação maçônica.
Pelo exposto, observamos quão acertada é a colocação da Acácia entre os símbolos maçônicos, cujo ensinamento prega a grande verdade de que a vida do homem, regulada pela fé, pela moral e pela justiça, será recompensada, na hora da morte, com a bem-aventurança da vida eterna.
Lembremo-nos de que Jesus foi crucificado em uma cruz feita de madeira da
Acácia.
Nota – Este trabalho é fruto de andanças entre publicações maçônicas e profanas. O assunto é muito polêmico e admite interpretações das mais variadas. Não o tome como expressão da verdade, mas tão somente como um entendimento pessoal de quem pretendeu adquirir algum conhecimento e dividi-lo contigo.
Colaboração: Gilberto Girardello m\m\ ARLS Amigos do Interior 073 / GOP –PR
Contatos: girardellog@brturbo.com
Bibliografia – A Simbólica Maçônica – Jules Boucher
O Pelicano – Órgão de Divulgação Maçônica
Enciclopédia Britânica – BARSA
Bíblia Sagrada
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