Ir.: Pedro Américo Hoffstetter de Souza (*)
“Nada desconhecido no Céu, nada conhecido na Terra.”
Hermes Trismegisto
1 - A ALQUIMIA
PREÂMBULO – como todos os fatos que se perdem na noite dos tempos existe uma extensa faixa do que hoje sabemos sobre Alquimia que mistura fatos e ficção, um terreno onde a fantasia e a realidade se fundiram de maneira tal que é impossível separar uma da outra. Cabe ao estudioso de fatos ocorridos há milhares de anos tentar definir a fronteira entre o real e o imaginário sem nunca perder de vista fatos que hoje aparentam ser mera fantasia. Como era comum na época, o autor alquímico usou de linguagem cifrada para que a informação não caísse em mãos indevidas, da mesma forma que hoje se procura restringir a disseminação de tecnologia nuclear bélica. Ao alquimista cumpria o dever de proteger suas descobertas ou os caminhos que trilhava para a elas chegar.
ORIGENS – atribuí-se a Hermes Trismegisto os primeiros passos dados pela Alquimia. Trismegisto (três vezes grande) era a denominação dada pelos alquimistas, neoplatônicos e místicos, ao deus egípcio Toth, que era Hermes em sua versão Grega. Tanto na cultura egípcia como na grega, Toth e Hermes eram as divindades da magia e da escrita.No Egito Helênico, a Hermes ou Toth (seu sincretismo local), era atribuída a geração de um conjunto de textos sagrados intitulado Corpus Hermeticum. Embora a maioria de sua obra que chegou até nós verse basicamente sobre filosofia,
religião e artes (chega-se a atribuir a ele a autoria do Livro dos Mortos), a grande contribuição de Hermes Trismegisto à Alquimia foi, segundo se acredita, a autoria da peça chave para o nascimento e desenvolvimento da Alquimia: a Tábua de Esmeralda.
ETIMOLOGIA - Do árabe: al-kímía 'pedra filosofal', daí, 'alquimia', quase certamente conexo com o grego khumeía, a 'mistura de vários sucos, imisção'; 1532 alchimia, 1555 alquimia, 1557 alquymya, 1566 alqujmea. Embora seja quase impossível se determinar quando a Alquimia migrou dos paises árabes e acabou se tornando a “grande ciência” da Idade Média, é certo que suas primeiras manifestações dentro do ambiente europeu aconteceram por volta do século XIV. De acordo com estudiosos da matéria, alquimia é o nome da química praticada na Idade Média, que se baseava na idéia
de que todos os metais evoluem até virar ouro. Os alquimistas tentavam acelerar esse processo em laboratório, por meio de experimentos com fogo, água, terra e ar (os quatro elementos), empenhados principalmente na descoberta de uma "Pedra Filosofal", capaz de transformar tudo em ouro. A Pedra Filosofal seria a panacéia universal, ou remédio contra todos os males físicos e morais, e a pedra filosofal, que deveria transformar os metais em ouro; também chamada de espagiria ou espagírica.
No dizer de Roger Bacon, no Espelho da Alquimia, «...A alquimia é a ciência que ensina a preparar uma certa medicina ou elixir, o qual, sendo projetado sobre os metais imperfeitos, lhe comunica a perfeição...»
TÁBUA DE ESMERALDA – embora suas origens se percam na noite dos tempos a Tábua de Esmeralda (ou Tábua Esmeraldina) é considerada pelos estudiosos do assunto como o elemento fundamental para o desenvolvimento da alquimia. A Tábua de Esmeralda é a peça chave da Alquimia Islâmica desde quando surgiu em textos árabes (Kitab Sirr
al-Khaliqa wa Sanat al-Tabia) em 650 d.C. e na sua tradução latina feita por João de Sevilha (Johannes Hispaniensis), em Secretum Secretorum(circa de 1140).
O texto em latim, transcrito no século XVII por João de Sevilha (Johannes Hispaniensis), em Secretum Secretorum, é o seguinte:
1. É verdade, certo e muito verdadeiro:
2. O que está em baixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está em baixo, para realizar
os milagres de uma única coisa.
3. E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas são únicas, por adaptação.
O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em seu ventre, a Terra é sua ama;
4. O Pai de toda Telesma do mundo está nisto.
5. Seu poder é pleno, se é convertido em Terra
Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia.
Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas superiores e inferiores. Desse modo obterás a glória do mundo.E se afastarão de ti todas as trevas. Nisso consiste o poder poderoso de todo poder:
Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido. Assim o mundo foi criado. Esta é a fonte das admiráveis adaptações aqui indicadas.
Por esta razão fui chamado de Hermes Trismegistos, pois possuo as três partes da filosofia universal.O que eu disse da Obra Solar é completo.
Embora de aparente simplicidade, a Tábua de Esmeralda é um instrumento altamente complexo pois, na forma como foi escrito, deveria ser incompreensivel para os não iniciados. Por outro lado existe uma escola de pensamento (com a qual me alinho) que diz que a busca da Pedra Filosofal é apenas uma metáfora, que os verdadeiros alquimistas - leia-se filósofos - usavam para a busca do conhecimento total e perfeito. Numa época em que a Inquisição começava a tomar corpo (1183), mesma época da tradução latina da Tábua (1140), o livre pensar dos tempos socráticos (que. como vimos, não era tão livre assim) acabaria por tornar-se o caminho mais curto para a fogueira. Afinal esta foi a época em que o frade dominicano Tomás de Torquemada (1420 – 1498) exerceu seu cargo de Inquisidor Geral com fúria e rigor. Assim buscar
uma nova vertente para o desenvolvimento intelectual do homem, em uma época em que tudo, inclusive pensar, era proibido, exigia uma série de cuidados.
Certamente que muitos alquimistas perseguiam o objetivo de transformar metais menos nobres (chumbo) em ouro. E suas experiencias sem um controle rígido, como o que a Química moderna hoje dispõe, levou muitos deles à morte por envenenamento. Por outro lado é forçoso admitir que, embora fracassando no seu principal objetivo, muitas descobertas paralelas se originaram da busca alquímica. Um bom exemplo disso pode ser encontrado no livro de Thomas Churton sobre a vida de Elias Ashmole (1617 – 1692) onde é mostrado o adiantado estado da alquimia na Inglaterra, livre do garrote da Inquisição.
Nicolas Flamel – a este francês, nascido em 1330, pode ser atribuido o início da fase sistêmica da alquimia em território da Europa Ocidental. O marco zero desta nova ciência seria 1370, o ano em que Nicolas Flamel (1330-1418) teria,
segundo a lenda, encontrado um livro com textos intercalados com misteriosos desenhos. Mesmo após muito estudar o tal compêndio, Flamel não conseguia traduzi-lo. O autor da tradução teria sido um sábio judeu que Flamel encontrara nos arredores de Santiago, Espanha. Tratava-se de um livro de Cabala e Alquimia e que inclusive continha a fórmula para a Pedra Filosofal, pedra esta que tinha o poder de transformar os metais em ouro.
Paracelso, pseudônimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, (Einsiedeln, 17 de dezembrode 1493 — Salzburgo, 24 de setembro de 1541) foi um famoso médico, alquimista, físico e astrólogo suíço.Seu pseudônimo significa "superior a Celso (médico romano)". Entre as muitas figuras de destaque legadas pelo
Renascimento, a de Paracelso se sobressai pela agitação e acidentes que pontilharam sua vida desde o nascimento (erade baixa estatura, corcunda e gago). Formou-se em medicina aos dezessete anos e passou grande parte de sua vidaviajando em busca de mais conhecimento do que o proporcionado então pelas escolas de medicina tradicionais. Isto o aproximou de alquimistas no Egito, Terra Santa, Hungria, Tartária, Arábia, Polônia e Constantinopla e que, após seu retorno à Europa, lhe grangearam fama e pretígio como médico pois discordava dos métodos de cura dos médicos tradicionais. Por seus estudos na aplicação de novas drogas no tratamento de doentes foi-lhe atribuido o título de Pai da Bioquímica.
Retornando a Salzburgo em 1540, faleceu um ano após, aos 47 anos. Segundo os registros, Paracelso teria enlouquecido afirmando ter conseguido fabricar o Elixir da Vida (panacéia universal que era buscada pelos alquimistas) e poderia curar
todas as doenças, prolongando a vida indefinidamente. Devido as curas milagrosas que obteve mesmo após sua morte, a fama e a influencia de Paracelso na medicina extenderam-se pelos séculos seguintes.
Michel de Nostradamus – Nasceu em Saint-Remy-de-Provence, sul da França, em 1503. Mais conhecido por sua supostacapacidade de prever fatos futuros, seu livro escrito em forma de centúrias (centúrias são as profecias de Nostradamus compiladas em dez livros, sendo que cada um possui 100 quadras - rimas em quatro linhas, que totalizam 1000 previsões)é ainda hoje motivo de admiração e estudo por milhões de pessoas. Seu conhecimento de Latim e possivelmente Grego lhe permitiram tomar contato com conhecimento de fontes importantes. No entanto, Nostradamus foi também farmacêutico,
médico, astrólogo, astrônomo e alquimista. Faleceu em dois de julho de 1566.
Isaac Newton – (1643 – 1727) é unanimemente considerado como um dos maiores gênios de todos os tempos: físico,matemático e filósofo, astrônomo, teólogo e alquimista, imprimiu a marca de seu gênio em todos os campos doconhecimento humano em que esteve envolvido. Embora sem o mesmo brilho e impacto de suas descobertas no campo da
física e da astronomia e talvez por sua entrada tardia (aos 50 anos) no campo da alquimia, Newton não teve nela a mesma importância que teve para o conhecimento humano. Suas primeiras incursões na seara da alquimia foram através de Isaac
Barrow e Henry More, intelectuais de Cambridge. Por volta de 1693, escreveu Praxis, uma obra que sugere uma filosofia que via na natureza algo diferente do que admitiam as filosofias mecanicistas ortodoxas. Newton dedicou muitos de seus esforços aos estudos da alquimia. Embora tenha tido um profundo envolvimento e escrito muito sobre alquimia só muito tardiamente tomou-se conhecimento desse fato ja que a alquimia era proibida em sua época. Um de seus legados ao conhecimento da alquimia é seu livro Praxis, de 1693. O epitáfio de Newton em seu túmulo na abadia de Westminster foi escrito pelo poeta Alexander Poppe: A natureza e as leis da natureza estavam imersas em trevas; Deus disse "Haja Newton" e tudo se iluminou.
Elias Ashmole – (1617 – 1692) Inglês de Lichfield é uma das figuras mais emblemáticas da cultura européia do século XV.Foi um antiquário, político, oficial de armas, Maçom, estudante de astrologia e alquimia. Foi ele quem compilou uma sériede documentos e estudos e que os publicou sob o nome de Theatrum Chemicum Britannicum, uma obra essencial para oentendimento do processo de desenvolvimento cientifico e filosófico de seu tempo.
John Dee (1527 – 1609) – Matemático, astrônomo, astrólogo, geógrafo, tendo dedicado substancial parte de sua vida à alquimia e a filosofia hermética. Trabalhou durante muito tempo na corte de Rudolf II, imperador do Sacro Império Romano, um grande entusiasta da alquimia e das ciências herméticas. Após seu retorno para a nglaterra, dedicou os últimos anos de sua vida ao estudo da leitura de cristais cristalomancia).
Edward Kelley - foi um "ajudante" de John Dee, considerado por Dee uma pessoa sensivelmente capaz de receber mensagens espirituais ao ver alguns cristais ou pedras refletidas no Sol, essa arte é chamada de cristalomancia.Através dessa arte ambos buscavam conseguir a famosa Pedra Filosofal.Acredita-se que ele tenha chegado à fórmula da pedra quando, junto com Dee, trabalhava para o rei Rodolfo II. Logo
depois foi torturado e executado pelo rei por não revelar a fórmula da Pedra Filosofal. Depois disso Rodolfo enlouqueceu em busca da Pedra e perdeu o trono para seu irmão Matias da Germânia.
3 - A ALQUIMIA, A MAÇONARIA E A PEDRA FILOSOFAL
Muito se tem dito da busca, pelos alquimistas, da pedra filosofal. Ela, além de atender a motivos humanitários, tal como curar doenças, tinha também seu lado terreno e, portanto, dotado da cobiça e da mesquinharia humanas: a busca da
mágica fórmula que transmutasse chumbo em ouro. Para nós Maçons, talvez essa transmutação tenha um sentido mais elevado e despojado de sentimentos mundanos. E qual seria esse significado?O profano quando é recebido na Sublime Ordem é representado pela pedra bruta, que tem o significado de um material de
boa origem mas que precisa ser desbastado, esquadrejado e polido, quando então adquire condição de se integrar ao grande templo do saber maçônico.
Por outro lado o que é a transmutação? É se tomar o chumbo, um mineral de uma das mais baixas posições na Tabela Periódica dos Elementos, um metal sem nenhuma nobreza e destinado a funções mais simples (era usado na antiguidade para fazer encanamento de esgoto ou telhas) e, através de artifícios alquímicos, transformá-lo em ouro, metal de radiante nobreza e, em todas as civilizações, mesmo as mais primitivas, destinado ao uso da realeza e para confeccionar jóias e instrumentos de culto e devoção.Assim, não seria o aprendiz o chumbo alquímico que, através do trabalho e do conhecimento advindo da Arte Real (a Pedra Filosofal), transformar-se-ia no mais nobre dos minerais?
An Encyclopedic Outline of Masonic Hermetic Qabbalistic and Rosicrucian Philosophy – Manly P. Hall – The Philosophical Research
Society, Inc. 1988
Coletânea Hermética – Uma introdução ao universo da Magia, da Cabala, da Alquimia e do Ocultismo – William Wynn Wescott - Ed.
Madras – 2003.
The Kybalion – Hermetic Philosophy - Ed. Fac-similar da ed. 1912
Encyclopaedia of Freemasonry – Vol. I – Albert G. Mackey – The Masonic history company – 1918 (pg. 322)
The Magus of Freemasonry – The Mysterious Life of Elias Ashmole – Thomas Churton – Inner Tradition Editors – 2004
Wikipedia – enciclopédia on-line
Maçom da ARLS e de Instrução « RENASCIMENTO nº 08 » (GOIRJ / COMAB); Or. : de Cabo Frio (RJ).
terça-feira, 1 de março de 2011
ALQUIMIA
I Encontro Regional do Rito de York -RJ (26/02/2011)
Fonte: Jornal 3 Pontos
“Tivemos hoje o privilégio de testemunhar não só um ato histórico pela chegada do Rito de York, ao vivo, no Estado do Rio de Janeiro, mas também uma mensagem de união em paz e harmonia. Porque foi desta forma que este evento transcorreu. Aqui, ao meu lado, ombro a ombro, acima de diferenças e de interesses, estão dirigentes das três Potências regulares e representantes dos Altos Corpos de todos os Ritos praticados no Brasil. Na alegria descontraída que transparece em suas fisionomias, nos sorrisos francos e opiniões sinceras, confraternizamos na verdadeira liberdade que deve inspirar os Maçons, acima de interesses e preconceitos. Aos Maçons que com tanto zelo e competência se empenharam na preparação desta demonstração, afirmo que o brilho de sua demonstração foi além da apresentação do Rito de York para nós. Ao cumprimentá-los, estendo meu abraço aos Altos Dignitários aqui presentes que prestigiam este evento, ao qual deram um brilho incomum. Parabéns, meus Irmãos, pelo seu trabalho excepcional, aos que atuaram e aos que organizaram, liderados pelo Irmão Paulo Roberto Curi. E parabéns especial aos Irmãos da Loja Bandeira do Rito de York, recém fundada sob os auspícios do Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro. Vocês sequer imaginam os benefícios do que realizaram.”
As palavras do Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil - Rio de Janeiro, Irmão Sérgio Tavares Romay, sintetizaram com precisão o sentimento coletivo dos Irmãos presentes ao I York Rite Meeting – I Encontro do Rito de York – realizado no dia 26 de fevereiro de 2011, no Clube de Aeronáutica, no Rio de Janeiro. Eles vieram de todas as partes do Brasil, do Amazonas ao Rio Grande do Sul, do Rio Grande do Norte ao Mato Grosso do Sul, representando as três Potências e os seis Ritos regulares brasileiros, junto aos quais agora se incorpora o Rito de York.
Não estranhem quando dizemos que o Rito de York é o sétimo Rito a fazer parte da magnífica constelação de Ritos praticados na Maçonaria Brasileira, a terceira maior do mundo. Entre nós, na verdade, durante mais de um século, chamávamos “Rito de York” ao ritual Emulação, um dos muitos aceitos pela Grande Loja Unida da Inglaterra após sua formação, em 1813, resultado da união de duas Grandes Lojas rivais, a dos Modernos (de 1717) e a dos Antigos (de 1751). Para que essa união se consumasse, foi necessário adaptar os rituais de ambas. Assim surgiu um novo Rito, sem nome. E assim, também, foi o último Grau do Real Arco incorporado ao Simbolismo como um Grau “lateral” ao de Mestre Maçom.
Enquanto isto, o trabalho dos Maçons americanos, já independentes da Grã-Bretanha, continuava sem modificações. Por este motivo, para que nós, brasileiros, entendamos melhor, foram criadas as expressões Rito Inglês Moderno, para os rituais ingleses pós-União de 1813, e Rito Inglês Antigo, para o ritual americano, não modificado.
Pois foi deste ritual, praticamente intacto desde o século XVIII, que cento e trinta Maçons puderam apreciar a encenação da Abertura, da Iniciação e do Encerramento no Grau de Aprendiz Maçom, apresentado com brilho por uma equipe de Irmãos das três Potências no Rio de Janeiro. Estes valorosos Irmãos, liderados pelo Irm. Jacques Nunes Attié, MI, e Robson Neil Saar-Klippel, MRA, ensaiaram meses a fio, discutindo, debatendo e aprendendo enquanto praticavam. O aplauso que receberam ao término foram a justa medida da apreciação do seu trabalho. Este aplauso estendeu-se, merecidamente, aos Irmãos que organizaram o evento, sob a batuta do Secretário Geral do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil, Irm. Paulo Roberto Curi, PGM.
Entre os Altos Dignitários que aplaudiram de pé os apresentadores, citamos, sem preocupação protocolar: os anfitriões, Ítalo Aslan e Antonio Carlos Raphael, respectivamente Grão-Mestres interino e candidato à reeleição no Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro; Gilberto Moreira Mussi e João Otávio Cezar Lessa, respectivamente Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Rio Grande do Sul; Sérgio Tavares Romay, Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil – Rio de Janeiro, e Ubiratan Rufino, candidato ao Grão-Mestrado do GOB-RJ; Nei Inocêncio dos Santos, Grande Primaz do Supremo Conclave do Rito Brasileiro; Rosselberto Himenes, PGM, Grande Sumo Sacerdote, Dagomar Ruas Silva e Jorge Raul Lago Simões, ambos Past Sumos Sacerdotes do Supremo grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil; Maurício Cláudio de Albuquerque, Grande Ilustre Mestre do Grande Conselho de Maçons Crípticos do Brasil; Edison Barsanti, Grande Secretário de Cultura Adjunto do Grande Oriente do Brasil; Marcos Coimbra, representando o Irm. José Maria Bonachi Batalla, Soberano Grande Inspetor Geral do Supremo Conselho do Rito Moderno; Pedro Bezerra, representando o Irm. Florisvaldo Campos Xavier, Grande Patriarca Regente do Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita; Rubens Marques dos Santos, PGM, e Anderson Verçosa, MI, representando o Soberano Grande Comendador Luiz Fernando Rodrigues Torres, do Supremo Conselho do Grau 33 do R.E.A.A. da Maçonaria para a República Federativa do Brasil; Sylvio Magalhães do Vabo Filho, Presidente da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa do GOB-RJ; Cezar Fellini Lazzarotto, representando o Irm. Juliano Correa Braga, Grande Mestre da Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil; José Ricardo Rocha Bandeira, MI, Venerável Mestre da ARLS Bandeira do Rito de York, a quem muito se deveu o evento.
À tarde, os presentes puderam assistir “Com Fervor e Zelo”, a apresentação com que o Real Arco é apresentado para as Blue Lodges (Lojas Simbólicas) nos Estados Unidos. O I Encontro do Rito de York no Rio de Janeiro encerrou-se com um debate, em que o Irm. João Guilherme da Cruz Ribeiro, DGGHP – Latin America, do General Grand Chapter of Royal Arch Masons International, procurou esclarecer, com franqueza e dentro de suas limitações, as dúvidas naturais que tudo que é novo suscita. Bem, novo aqui entre nós, porque o Rito de York (que já esteve antes aqui no Brasil) é praticado por dois entre cada três Maçons no mundo. E há mais tempo do que qualquer outro.
Com este evento memorável, foram esclarecidas, assim, as razões de um erro perpetuado entre nós por tanto tempo e com sanção oficial. Esta história é contada, com muito bom humor, no pequeno livro ilustrado do Irm. João Guilherme, apropriadamente intitulado “Cada Coisa tem Seu Nome”...
No qual nós do Blog aproveitamos para divulgar este fantástico trabalho:
Mais de um século depois, graças aos Maçons do Real Arco
brasileiro, está esclarecida a confusão que batizou o Rito Inglês,
criado em 1813, que nunca teve nome, com um sobrenome
americano. Esta história está em Cada Coisa tem Seu Nome,
explicada com gráficos e ilustrações. Não perca!
Promoção de lançamento: Livro+CD 7 por apenas R$ 55,00
Você pode comprar pelo site www.artedaleitura.com.br ou direto com
a Marcia, pelo telefone (21) 2293-2791 ou marcia.infyarte@yahoo.com.br