quarta-feira, 30 de julho de 2008

Ainda sobre o Rito Inglês

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Irm. João Guilherme C. Ribeiro, M.I., M.R.A.;S.E.M.;C.T
Este artigo foi publicado no Engenho&Arte nº 13


Numa longa viagem de S. Paulo a Tóquio, sentaram-se lado a lado dois velhinhos , um judeu e o outro japonês. Muito educado, o velho rabino, bom conversador, tentava puxar conversa com o japonês para amenizar a monotonia e a imobilidade forçada. Mas a todas as iniciativas e gentilezas o japonês respondia rispidamente, com grunhidos e monossílabos. O rabino, intrigado, até porque conhecia bem a proverbial educação japonesa, acabou por irritar-se:
– Faz favor, eu sendo urbano, tentando conversar para distrair nesse viagem comprido e você non faz outra coisa que rosnar. Que coisa feia!
– Eu non gosta judeus. O velho rabino indignou-se: – Como, non gosta judeus? Eu, sim,
podia non gostar de japons, por causa de Eixo no guerra! Mas eu, que tive parente exterminado, eu estou aqui, sem preconceito, tentando fazer amizade... Non gosta judeus! Há! Faz favor! Que besteiron!
O japonês ofendeu-se: – No besteira! Pai de eu, Yoshiro Mo-
rimoto, morreu no Titanic! – Titanic! Titanic? Que tem a ver judeus com Titanic? Quem afundou navio foi um iceberg, ora!
– Pra mim, tudo mesma coisa: iceberg, Goldenberg, Rosemberg, Zilberberg, tudo mesma coisa!…
Só mesmo um pesquisador paciente, meticuloso e culto como o Irm. Pires
poderia ter desvendado o mistério da confusão que foi feita entre nós com o Rito Inglês. Sem susto, podemos dizer que o Rito foi confundido, rebatizado e carimbado indevidamente! Os vícios cartoriais fazem mais uma vÍtima...
Alhos por bugalhos
Não foi à toa que imitei o Irm. Beresiner, começando o artigo com uma piadinha. É que ela tem muito a ver com o que fizemos com o Rito mais antigo.
O Irm. Joaquim da Silva Pires, com seu bom senso e sua erudição habituais, desatou o nó górdio. Sim, porque não há outra forma legítima de designar o até então, entre nós, mal apelidado Rito de York senão de Rito Inglês.
Como ele demonstrou, tudo começou há mais de um século, quando do retorno do Grande Oriente dos Beneditinos ao seio do Grande Oriente do Brasil em 1883. O Grande Oriente dos Beneditinos tinha estabelecido contato com a Grande Loja de Wisconsin e teve três Lojas que trabalharam no sistema americano. Já o GOB tinha, desde a fundação da Orphan Lodge, em 1837, Lojas trabalhando no sistema inglês. Por ocasião da fusão dos GOB, Lavradio e Beneditinos, embora a Loja Vésper já tivesse adormecido, estabeleceu-se a confusão. Para a raia miúda; (1) se as Lojas trabalhavam em inglês, (2) se ingleses e americanos falam o mesmo idioma (os ingleses protestam...), (3) se York é um nome reverenciado na Maçonaria desde as Old Charges e (4) se York é uma cidade da Inglaterra, então, disseram eles:
– C’os diabos, está óbvio que tudo é farinha do mesmo saco!
E, cá entre nós, o nome York tem um certo charme, não? Então carimbou-se nos sacos de todas as farinhas o rótulo Rito de York e pronto!
Pois o rótulo continuou grudado até agora. Até ganhou lustre em duas ocasiões. A primeira foi quando o GOB e a Grande Loja Unida da Inglaterra firmaram o tratado de 1912, com a criação do Grande Capítulo do Rito de York, o erro ratificado oficialmente!
A segunda quando o GOB resolveu, em 1976, reeditar o ritual traduzido por Joseph Thomas Wilson Sadler e impresso na Inglaterra, em 1920, apondo-lhe um título espúrio que não tinha no original: Cerimônias Exatas do Rito de York.
Embaraços
Quantas e quantas vezes, durante a cerimônia de Indução à Cadeira do Oriente, no Real Arco, vemos a surpresa do iniciado ao ser-lhe entregue um chapéu.
– Ora, como pode, se no Rito de York o Venerável não usa chapéu?
Invariavelmente temos que explicar que o nosso Real Arco é Maçonaria americana e que lá o Venerável usa chapéu. E invariavelmente também se surpreendem quando lhes dizemos que os rituais simbólicos americanos estão mais próximos do antigo ritual inglês e que são mais antigos do que as versões inglesas atuais, das quais o Emulation Ritual é apenas uma de muitas!
Você ficou confuso? Então vamos explicar.
Porém, para que possamos pegar o fio da meada, temos que recorrer à história (ela, sempre ela!). Aqui mesmo, no Engenho & Arte, muitas vezes falamos sobre o que acontecia, paralelamente, nas Maçonarias inglesa e americana. Só para recordar, vejamos.
Um pequeno flashback
A famosa data de 24 de junho de 1717 obviamente não é o início da Maçonaria, mas apenas da organização oficial da primeira Potência maçônica. Quer dizer, foi a primeira vez que Lojas independentes resolveram associar-se – e mesmo assim, apenas para que os Maçons de então pudessem organizar uma grande festança anual. De qualquer forma, com a criação da Primeira Grande Loja, a Maçonaria emergiu oficialmente aos olhos do público. Mas é claro que ela já existia há muito. Só que, para existir uma Grande Loja, é preciso que existam Lojas. E para que existam Lojas, é preciso que existam Maçons...
Por mais que se pergunte quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha?, não é preciso inteligência brilhante para aceitar que se aconteceu a iniciação de Elias Ashmole é porque já havia Maçons para iniciá-lo, concorda? Daí, a conclusão óbvia é a de que a Maçonaria é algo anterior a 16 de outubro de 1646, meu caro Watson!
Seria maravilhoso viajar no tempo e ver as coisas in loco. Porém, em nos faltando a famosa máquina do tempo de H. G. Wells, somos obrigados a especular.
Seja como for, é inegável que a Maçonaria ganhou tremendamente de status durante o período de reconstrução de Londres, após o catastrófico e benéfico Grande Incêndio de 1666. Catastrófico porque destruiu dois terços da favela imunda que era então a capital inglesa, embora o número de vítimas não tenha sido tão grande quanto seria de se esperar naquelas condições. Benéfico por três razões. Primeiro, porque acabou com os ratos que a infestavam e tinham trazido a peste – cerca de cem mil pessoas já haviam sido vitimadas por ela, um fato às vezes esquecido por causa da atenção que o
Great Fire desperta. Segundo, porque levou à reconstrução da cidade, transformando-a completamente. Terceiro, porque daria um enorme impulso à Franco-Maçonaria.
Não pretendo falar da gênese da Ordem, mas daquele momento político. Em 1666, quando a Franco-Maçonaria ganhou proeminência, reinava Charles II, monarca da família Stuart, de origem escocesa, restaurada ao trono em 1660. Mas ele morreu sem herdeiro. Acontece que seu irmão, James II, tinha-se convertido ao catolicismo. Para os britânicos de então, fartos de lutas religiosas, o catolicismo era associado à inquisição e à intolerância religiosa, principalmente depois que o Rei Sol, Louis XIV de França, revogou o Edito de Nantes, que garantia liberdade religiosa aos franceses. Essa proibição levara muitos protestantes a refugiar-se na Inglaterra, inclusive aquele que teria enorme influência na emergente Franco-Maçonaria alguns anos depois, Jean Theophile Desaguliers(1). Quando nasceu um príncipe varão, vendo-se na iminência de um sucessor católico, os ingleses solenemente chutaram o Rei James do trono. Ele refugiou-se na França, sustentado por Louis XIV, enquanto suas filhas, uma após outra, sucederam-no na coroa. Como elas não tiveram filhos, os britânicos convidaram o príncipe alemão da Casa de Hanover e o coroaram como Rei George I. Entretanto, os Stuarts conspiravam do outro lado do Canal da Mancha.
Como sempre, as coisas não eram pau e pedra. Muita gente boa na Inglaterra era a favor dos Stuarts. Até porque agora eram os Hanover que cobravam os impostos, não os Stuarts – o bolso sempre foi o órgão mais sensível do corpo humano...
Na sociedade e no seio das Lojas Maçônicas as simpatias se dividiam – muitos dos que acompanharam os Stuarts à França eram Franco-Maçons. Como não podia deixar de ser, muitas famílias, apesar de divididas, mantinham suas ligações. A Maçonaria, além de uma grande família, tinha nas Lojas um dos mais eficientes meios de divulgação de idéias na época. Mas percebida como sociedade secreta, ainda que pseudo, atraía suspeitas das autoridades (2). Assim, depois que o último Grão-Mestre pró Stuart, o Duque de Wharton, foi sucedido pelo Conde de Dalkeith, pró Hanover, naturalmente a Grande Loja se aproximou do establishment oficial,pouco a pouco. Mesmo depois da derrota da causa Stuart, em 1745, continuaria a identificar-se com ele. Isso traria conseqüências no futuro.
Incômodos ritualísticos
Em 1730, aconteceu Maçonaria Dissecada, de Samuel Prichard, uma inconfidência que expunha ao público o ritual maçônico. Alarmada, a Primeira Grande Loja introduziu modificações para reconhecer possíveis impostores, o que desagradou a muitos e trouxe também conseqüências (3), estas mais imediatas. As Grandes Lojas da Irlanda, criada em 1723, e a da Escócia, em 1736, conservaram os rituais como eram. Lembremos que a Franco-Maçonaria, nesses países, era praticamente tão antiga quanto na Inglaterra.
Em 1751, a Grande Loja inglesa negou acesso a alguns Franco-Maçons irlandeses, que resolveram então criar sua própria Grande Loja. Tiveram a sorte de contar com um Grande Secretário muito combativo,
Laurence Dermott. Inteligentemente, Dermott capitalizou o desagrado de muitos Franco-Maçons com as mudanças no ritual, dizendo que a nova Grande Loja, na realidade, praticava a verdadeira, a antiga Maçonaria de York (4). Assim, numa jogada esperta, dava à sua Grand Lodge of England according to the Old Institutions (Grande Loja da Inglaterra de acordo com as Antigas Instituições) o verniz respeitável de uma antiguidade que ela não tinha e transformava a rival em deturpadora de tradições: passou a chamar sua Grande Loja de Os Antigos (The Antients, com grafia latina, para dar mais respeitabilidade!), enquanto chamava a rival de 1717 de Os Modernos, desdenhosamente.
E fez mais: aproximou-se das Grandes Lojas da Irlanda e da Escócia. Os irlandeses e escoceses nutriam profunda antipatia à Casa de Hanover, os primeiros porque as diferenças religiosas eram fator de opressão na Irlanda; os segundos porque ainda se ressentiam da brutalidade da conduta do Duque de Cumberland para com os escoceses na Batalha de Culloden, em 1746, que terminou com as pretensões dos Stuarts ao trono (5). Assim, nas Ilhas Britânicas, tínhamos quatro Grandes Lojas, separa- das em dois blocos: de um lado, a Primeira Grande Loja de 1717 (os Modernos), com rituais modificados por causa da inconfidência de Prichard; de outro, as Grandes Lojas dos Antigos, da Irlanda e da Escócia.
Aí você pergunta: e daí, o que é que isso tem a ver com o Rito de York? Paciência, já chegaremos lá.
Acontece que foi justamente nesse período que a Maçonaria se desenvolveu nas então colônias da América do Norte, levada principalmente pelas Lojas militares. Essas Lojas, inicialmente militares e intinerantes e depois civis e estabelecidas em locais determinados, tinham suas Cartas Constitutivas (Warrants ou Charters) provenientes das quatro Grandes Lojas. Naturalmente, à medida que a insatisfação das colônias levava mais e mais à independência, as simpatias políticas seguiam a mesma divisória. As Lojas dos Modernos, mais chegadas à nobreza, identificavam-se com a metrópole e com o establishment, enquanto as Lojas da GL dos Antigos, da GL da Irlanda e da GL da Escócia pendiam mais e mais para a causa dos rebeldes. Quando sobreveio a Guerra de Independência (6), essa tendência se cristalizou. Os rebeldes ganharam e os Estados Unidos se tornaram uma nação independente, a primeira república e uma grande experiência prática dos princípios maçônicos. Em termos de tradição maçônica, podemos dizer que a facção yorkista ganhou a parada. A Maçonaria americana estava firmemente calcada no velho ritual inglês, supostamente tal como era antes que a Primeira Grande Loja (os Modernos) o tivesse modificado por causa de Prichard.
Bem, e na velha Albion?
Bem, por volta de 1777, Dermott já havia falecido e as grandes rivalidades cedido lugar a um espírito de conciliação, que acabou por encontrar resultados práticos. Com um príncipe de sangue real como Grão- Mestre de cada uma delas, as duas Grandes Lojas acabaram por unir-se em 27 de dezembro de 1813, ficando como Grão-Mestre um príncipe, o Duque de Sussex. Mas para que isso acontecesse, foi necessário aparar as arestas. Uma comissão de notáveis ficou incumbida de examinar os pontos controversos entre os rituais dos Modernos e dos Antigos, (7) para que se pudesse chegar a um acordo. Assim, um novo ritual foi desenhado pela Comissão de notáveis e apresentado, pela primeira vez, em 20 de maio de 1816. A partir daí, seria disseminado através das Lojas de Instruções, a primeira das quais foi a Loja Stability, de 1817.
É preciso que se note que a Grande Loja Unida da Inglaterra não tem um ritual obrigatório. Nós, latinos, custamos a entender como, depois de tanta celeuma, a Grande Loja-Mãe, que nasceu da pacificação, não impôs um ritual no peito e na raça. Três coisas temos que lembrar. Primeiro, que os ingleses preferem os usos e costumes ao gesso da palavra escrita (tanto assim que até hoje não têm constituição escrita, nem acham que seja necessária). Segundo, que as comunicações eram difíceis. E terceiro, que até então os rituais não eram impressos, a não ser as inconfidências esporádicas(8) . Na prática, os rituais acabaram surgindo das Lojas de Instrução, como o Stability e o Emulation. Mas existem muitos outros, como Unanimity, Oxford, Sussex, Logic, Perfect Ceremonies, Standard, Taylor’s, Revised,
Bristol (o que conserva a forma mais parecida com os antigos rituais) e (9) outros, ainda. Exceto por este último, todos diferem muito pouco.
Por sua vez, os rituais americanos também diferem pouco entre si – apesar de serem meia centena de Grandes Lojas, cada um com seu ritual e seus costumes! E, surpresa, os rituais americanos, mais antigos, e os ingleses nem são tão diferentes assim!
Harry Carr, grande escritor inglês e insuspeitíssimo Secretário da Loja Quatuor Coronati nº 2076, dirigin- do-se aos americanos, explicou bem o porquê:
“[...] Pelos Rituais e Monitores que estudei e pelas Cerimônias e Demonstrações que presenciei, não há dúvidas de que seu ritual é mais pleno que o nosso, dando ao candidato muito mais explicações, interpretação e simbolismo do que normalmente nós damos na Inglaterra. Com efeito, por causa das mudanças que fizemos entre 1809 e 1813, é justo que se diga que, em muitos aspectos, seu ritual é mais antigo e melhor que o nosso”.
York ou American Rite
Há um estado americano, a Louisiana, onde os termos York e Escocês são usados para os Graus Simbólicos com sentido exatamente similar ao daqui do Brasil. Isto porque a Louisiana foi colonizada pelos franceses e só foi admitida nos Estados Unidos em 1812. A Grande Loja do Estado da Louisiana adota dois rituais, um para o Rito Escocês, trabalhado em 10 Lojas (incluindo sua primeira Loja, Étoile Palaire nº1, de Nova Orleans), e outro para o Rito York, trabalhado nas outras 258 Lojas. Na prática, é o mesmo ritual de Thomas Smith Webb para as Blue ou Craft Lodges.
Um outro exemplo da conexão do termo York com a Maçonaria Americana está num ritual, que durante anos ouvi chamar de espúrio. Na verdade, também é visto como uma inconfidência. Ainda assim, segundo Freemasonry Universal, de Kent Henderson eTony Pope, é adotado pelas Grandes Lojas de Arkansas e Missouri, subordinadas à Grande Loja de Prince Hall, a regularíssima Maçonaria Negra Americana. Então não tem como ser considerado espúrio, concordam? É de autoria de Malcolm C. Duncan (de quem nada consegui descobrir) e foi publicado em Nova York (a terceira edição data de 1866). No frontispício, está o título, Duncan’s Masonic Ritual and Monitor. Logo abaixo, Guide to the Three Symbolic Degrees of the Ancient York Rite (Guia dos Três Graus Simbólicos do Antigo Rito de York).
E mais abaixo ainda, continuando: ... and to the Degrees of Mark Master, Past Master, Most Excellent Master and the Royal Arch (e para os Graus de Mestre de Marca, Past Master, Mui Excelente Mestre e o Real Arco). Para quem é Maçom do Real Arco, o Duncan’s é uma fonte muito boa, digam o que disserem.
Uma última palavra sobre terminologia maçônica
Na Inglaterra, as Corporações de Ofício da Idade Média eram exatamente Craft Guilds, o termo craft significando exatamente isto, ofício.
Lá, as Lojas que aqui chamamos Simbólicas, responsáveis pelos três primeiros Graus, são chamadas Craft Lodges, que poderíamos traduzir, ao pé da letra, por Lojas do Ofício. Daquele que está no Segundo Grau, diz-se que é um Fellow of the Craft ou Fellow Craft (Colega ou Membro do Ofício), traduzido para português, com um pouco mais de status, como Companheiro.
Quando falam na instituição, os ingleses dizem The Craft (O Ofício), que nós traduzimos por A Ordem.
Nos Estados Unidos, além de Craft Lodges, as Lojas Simbólicas são até mais conhecidas por Blue Lodges, isto é, Lojas Azuis.
Embora, no início, bem na tradição da Grande Loja dos Antigos, outros Graus fossem conferidos, com o advento do Grande Capítulo do Real Arco, em 1797, e do Supremo Conselho do Rito Escocês, em 1801, as Craft ou Blue Lodges ficaram com os Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. Os Graus acima do 4º e acima de Mestre de Marca para a esfera dos Altos Graus do Rito Escocês e do Rito de York, respectivamente, aí sim, na nomenclatura hoje aceita pela Maçonaria americana.
E assim, entendidas as razões da confusão, por que não resolver, de uma vez por todas, esse imbroglio brasileiro com a brasileiríssima sugestão do Irm. Pires, designando o conjunto dos rituais ingleses pelo seu gentílico? Nada melhor que Rito Inglês!
Os Maçons do Real Arco mais do que aplaudem o Irm. Pires por sua erudição e vocação Sherlockiana: agradecem-no pela excelência da contribuição à Maçonaria Brasileira em geral e ao legítimo Rito de York em particular!
Gratos, Irm. Joaquim da Silva Pires!
Notas
(1) Hoje praticamente não restam dúvidas de que Desaguliers, homem notável do seu tempo, membro da Royal Society e amigo pessoal de Isaac Newton, foi um dos responsáveis pela introdução do Terceiro Grau no Simbolismo, por volta de 1725.
(2) Era difícil o momento político. Sentindo-se os Hanover ameaçados pelas conspirações Stuart que vinham do outro lado do Canal, as sociedades reservadas, como a Franco-Maçonaria, e outras do mesmo tipo eram vistas, no mínimo, com reserva. E isto perdurou por muito tempo. Em 1799, o Parlamento inglês fez passar o Unlawful Societies Act, para a “supressão mais eficaz de agremiações estabelecidas com propósitos sediciosos e traiçoeiros”. Graças aos esforços conjuntos dos Grão-Mestres das duas Grandes Lojas, o Duque de Atholl, dos Antigos, e o Conde de Moira, dos Modernos, uma cláusula foi incluída, excluindo “as sociedades sob a denominação de Lojas de Franco-Maçons [...]”.
(3) O motivo também era econômico. A Grande Loja e as Lojas prestavam auxílio aos Irmãos necessitados. Obviamente não estavam querendo que espertalhões se aproveitassem da Caridade.
(4) Não podemos esquecer da velha lenda das guildas medievais de pedreiros, contada nas Old Charges (Velhas Obrigações), relativa ao Príncipe Edwin e à cidade de York. York é um nome venerando nas tradições maçônicas.
(5) Até hoje, para os escoceses, o Duque de Cumberland é conhecido por Butcher, quer dizer, açougueiro.
(6) Ao eclodir a Guerra de Independência, 45% das Lojas eram dos Modernos e 55% dos rebeldes, do bloco da Maçonaria dita fiel às “antigas tradições de York”.
(7) Um nome destacado nessa fase foi o do secretário particular do Duque de Sussex, um ilustre brasileiro chamado José Hipólito da Costa, Patrono da Imprensa Brasileira. Somente agora o importante papel por ele desempenhado nessas nego- ciações está sendo estudado. Já publica- mos um artigo do Irm. William Carvalho sobre Hipólito da Costa no E&A #8. Falaremos sobre seu desempenho nesta fase em algum momento do futuro.
(8) O primeiro ritual pós União, da Emulation Lodge of Improvement for Master Masons Lodge of Instruction (Loja de Instrução da Loja Emulação para o Aperfeiçoamento de Mestres Maçons – esse o nome completo!) foi impresso por George Claret em 1836, baseado no trabalho do preceptor e ritualista entusiasta, Peter Gilkes)
(9) Há um ritual chamado York, mas que nada tem a ver com a nossa história, porque foi criado em meados do século XIX e usa- do na Union Lodge, de York, hoje Loja York nº 236.

terça-feira, 29 de julho de 2008

O inominado Rito Inglês

York, Emulation ou o quê? O Irmão Pires esclarece o mistério e coloca as coisas em seu devido lugar!
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O Irm. Joaquim da Silva Pires é portador da Cruz da Perfeição Maçônica, do Grande Oriente do Brasil, e ex-membro do Quatuor Coronati C. C., De Londres.
Este artigo foi publicado no Engenho&Arte nº 13


Ao examinar uma tradução, em português, elaborada em julho de 2001, aqui, no Brasil, pela Gráfica e Editora Movimento Ltda., do Emulation Ritual, editado este na Inglaterra pela Lewis Masonic Publishers Ltd., no Grau de Aprendiz, não consegui refrear meu inconformismo com o termo Rito de York, das páginas 3 e 8, nem com o termo Rito de Emulação, da página 8, todos do referido texto em português, pois esses dois termos configuram uma visível e deplorável enxertia. Realmente, no original inglês não existem as expressões York Rite e Emulation Rite.Em verdade, o termo Rito de York não se coaduna com o inominado Rito inglês. Ele é um sistema proveniente da Maçonaria norte-americana, sistema esse já introduzido no Brasil, sem a mínima vinculação com a Maçonaria da Inglaterra.
Tive a ousadia de escrever o livro O Suposto Rito de York e outros estudos (Editora Maçônica A Trolha Ltda., Londrina, PR, 2000), onde ressaltei que Emulation não é nome de um Rito, mas sim o nome de um Ritual, em decorrência da Emulation Lodge of Improvement, de Londres, cuja reunião inicial ocorreu em 2 de outubro de 1823.
Em nossa Pátria, a primeira Loja de orientação inglesa foi a Orphan Lodge, fundada em 28 de junho de 1837 no velho Caminho de Mata-Cavalos (depois Rua do Riachuelo), nº 167, Rio de Janeiro, após três anos e meio do pedido concernente à expedição da Carta Constitutiva (Warrant of the Lodge), que lhe foi concedida pela United Grand Lodge of England. Em 21 de setembro de 1839, também no Rio de Janeiro, os ingleses fundaram Ritual inglês, com título de Rito americano a St. John Lodge. Em 25 de abril de 1856 foi regularizada a Southern Cross Lodge, cuja data de fundação não se conhece, todas igualmente subordinadas à citada potência maçônica da Inglaterra.
Em 16 de dezembro de 1863, houve uma cisão no Grande Oriente do Brasil, dando origem a um outro Grande Oriente, primeiramente homônimo, depois denominado Grande Oriente Unido do Brasil, que viria a ser conhecido por Grande Oriente dos Beneditinos, pelo fato de sua administração funcionar na Rua dos Beneditinos, nº 22, Rio de Janeiro, e por Grande Oriente Saldanha Marinho, pelo fato de seu idealizador e seu Grão-Mestre ser o Irm\Joaquim Saldanha Marinho.
Impulsionado por interesses referentes à aproximação com a Maçonaria norte-americana, o Grande Oriente dos Beneditinos fundou a Loja Vésper, do Rio de Janeiro, para trabalhar no Rito de York, porém o verda- deiro, o praticado pelos norte-ame- ricanos. Corolário dessa providên- cia, o referido Grande Oriente rece- beu uma favorável comunicação epistolar da Grand Lodge of Wiscon- sin, dos Estados Unidos da América. O incentivo fez com que aquela potência maçônica brasileira fundasse mais duas Lojas no legítimo Rito de York, a Washington Lodge, de Santa Bárbara d’Oeste, na então Província de São Paulo, em 14 de novembro de 1874, e a Lessing Lodge, de Santa Cruz do Sul, na então Província do Rio Grande do Sul, em 22 de março de 1880.Em 16 de outubro de 1879, o Grande Oriente do Brasil, cujo Grão Mestre era o Irm José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco, Presidente do Conselho de Ministros do Império, nomeou o Irm Almirante Arthur Silveira da Motta (que viria a receber, em 19 de agosto de 1884, do Imperador D. Pedro II, o título nobiliárquico de Barão de Jaceguay), para tratar do reconhecimento da citada potência maçônica pela United Grand Lodge of England, cujo Grão-Mestre era, desde 1875, o Irm Príncipe de Gales (filho da célebre Rainha Vitória, e que viria a ser, em 1901, Rei da Inglaterra, com o título de Edward VII). Em 30 de janeiro de 1880 houve a resposta positiva, ou seja, o futuro monarca inglês concedeu o almejado reconhecimento. O êxito foi comunicado ao Grande Oriente do Brasil, mediante pormenorizado relatório, com a data de 21 de março de 1880, lavrado pelo próprio Irm\Arthur Silveira da Motta, que já saíra de Londres, e estava na Ilha de Malta, rumo à China, em missão especial do Império, na condição de Ministro Plenipotenciário.
Posteriormente, em 18 de janeiro de 1883, o Grande Oriente dos Beneditinos, enfraquecido, incorporou-se ao Grande Oriente do Brasil, levando- lhe suas Lojas, entre as quais as já referidas Washington e Lessing, que eram as únicas do legítimo Rito de York, pois a Vésper, também já referida, estabelecera fusão com a Loja Mystério (8 de junho de 1879), dando origem à Loja Mystério e Vésper, trabalhando no Rito Adonhiramita. Essa fusão configurou um renascimento, pois a citada Loja Vésper já havia abatido colunas (22 de junho de 1874). Já vimos que, a partir de 28 de junho de 1837, existiam, aqui, no Brasil, Lojas de orientação inglesa, diretamente subordinadas à United Grand Lodge of England.
Frise-se que só em 21 de outubro de 1891, o Grande Oriente do Brasil passou a ter sua primeira Loja com a mencionada orientação, a Eureka Lodge, do Rio de Janeiro. O povo maçônico brasileiro, do então Distrito Federal, ao saber que a referida Loja trabalhava em inglês, confundiu-se e imaginou, erroneamente, que ela pertencesse ao Rito de York. Sim, a citada Loja trabalhava em inglês, Eis aqui alguns dos muitos rituais em uso nas Lojas jurisdicionadas à Grande Loja Unida da Inglaterra, todos descendentes do trabalho aprovado quando da União entre as Grandes Lojas dos Modernos e Antigos.
mas não possuía o mais remoto lia-me com o sistema norte-americano. Porém, o grande equívoco generalizou-se!
Em 21 de dezembro de 1912, o Grande Oriente do Brasil, cujo Grão-Mestre era o Irm\ Senador Lauro Nina Sodré e Silva, e a United Grand Lodge of England, cujo Grão-Mestre era o Irm\Marechal Duque de Connaught, celebraram um Tra- tado, pelo qual ficou estabelecida a criação do Grand Concil of Craft Ma- sonry in Brazil, que, em português, recebeu a desacertada expressão
Grande Capítulo do Rito de York, mesmo sem ser Capítulo e sem ser do Rito de York. Era Grande Conselho, e não Grande Capítulo. Não era Rito de York (repita-se).
É necessário ficar bem claro que os ingleses não usaram a expressão Grand Chapter nem York Rite, mas sim (insista-se) Grand Concil of Craft Masonry in Brazil. A esse corpo maçônico passaram a pertencer as então sete Lojas que, aqui, no Bra- sil, trabalhavam no sistema inglês :
Edward VII, do Pará, Saint George, de Pernambuco, Duke of Clarence, da Bahia, Eureka, do Rio de Janeiro, Wanderers, de São Paulo (Santos), Unity, de São Paulo, e Morro Velho, de Minas Gerais.
Consultando treze dicionários da Língua Inglesa, pude confirmar que o vocábulo Craft é equivalente aos vocábulos portugueses Arte e Ofício. Por exemplo, craft brother é companheiro de serviço, e craft guild é asso- ciação de pessoas do mesmo ofício. Saliento, respeitosamente, que sem- pre tenho preferência pelo suporte didático do Longman Dictionary of Contemporary English, segundo o qual a definição do vocábulo Craft re- sume-se ao seguinte esclarecimento: “all the members of a particular trade or profession as a group.”
Todos nós sabemos que o Irm\ Mário Marinho de Carvalho Behring foi o idealizador das modernas Grandes Lojas Estaduais, fundadas a partir de 22 de maio de 1927, com a da Bahia. Sabemos, igualmente, que, do Grande Oriente do Brasil, ele foi Grão-Mestre Adjunto, em 1921, e Grão-Mestre Geral, de 1922 a 1925. Mas, antes, quando ele era Primeiro Grande Vigilante, assumiu o Grão-Mestrado Geral, interinamente, desde 18 de agosto de 1920 até 19 de novembro do mencionado ano, e, em tal cargo, assinou o Decreto nº 655, de 20 de agosto de 1920, autorizando o pagamento do trabalho gráfico feito pela empresa tipográfica de George Kenning & Son, de Londres, Inglaterra, da tradução, em português, do Ritual usado pelos ingleses, isto é, The Perfect Ceremonies of Craft Masonry, cuja primeira edição (refiro-me, agora, ao original inglês, obviamente) havia sido aprovada pela United Grand Lodge of England, no Século XIX, exatamente em 5 de julho de 1818. A tarefa, de traduzir, coube ao Irm\ Joseph Thomaz Wilson Sadler, então Mestre-de-Cerimônias da Lodge of Unity, de São Paulo, da qual ele havia sido Venerável Mestre em 1908. Não o fez com base naquela edição primeira. Fê-lo diante da edição de 1918, traduzindo-a sob o título Cerimônias Exactas da Arte Maçônica (o “c”, intermediário, no adjetivo Exactas foi suprimido na reforma ortográfica elaborada pela Academia Brasileira de Letras, con- forme histórica Sessão de 12 de agosto de 1943).
Há pouco tempo, um Obreiro inglês, residente na Capital de São Paulo, cedendo às consistentes provas que lhe apresentei, curvou-se, em um primeiro momento, ao fato de ser errônea a expressão Rito de York, do modo que ela vem sendo usada no Brasil. Não obstante, agora, mudou de idéia, argumentando que continuaria, sim, a defender aquele uso, conforme fez o prestigioso Irm\ Reginald Arthur Brooking, em 1930, quando Grand Chaplain (Grande Capelão) do Grand Concil of Craft Masonry in Brazil.
Torna-se necessário que eu responda ao fragrante ilogismo daquele inaceitável argumento, e vou fazê-lo neste instante, nos termos seguintes:
Em primeiro lugar, o fato de alguém expender alguma asserção, ainda que possua respeitável autoridade, não nos obriga a que lhe sigamos as diretrizes, quando as evidências mostrem o contrário. Se assim não fosse, o atual Papa João Paulo II seguiria o entendimento de Paulo V, Pontífice Católico, desde 1605 até 1621, que considerava a teoria do genial Nicolau Copérnico (atinente ao duplo movimento dos planetas sobre si mesmos e à volta do Sol) contrária aos textos bíblicos.
Em segundo lugar, o focalizado Irm\Reginald Arthur Brooking, ao publicar um trabalho, no mencionado ano de 1930, intitulado Brasilian Freemasonry, cometeu um grande equívoco, apesar de seus conhecimentos maçônicos, ao relacionar as já referidas três Lojas que trabalharam no autêntico Rito de York norte-americano, isto é, a Vésper, a Washington e a Lessing , juntamente (!) com doze Lojas do inominado Rito inglês, vale dizer, Eureka, do Rio de Janeiro, Duque of Clarence, da Bahia, Morro Velho, de Minas Gerais, Eureka Central (não a confundamos com a primeira), do Rio de Janeiro, Unity, de São Paulo, Saint George, de Pernambuco, Wanderers, de São Paulo (Santos) Edward VII, do Pará, Brasil, do Rio de Janeiro, Friendship, do Rio de Janeiro (Niterói), Centenary, de São Paulo, Campos Salles, de São Paulo, e Brasil Craft Masters, do Rio de Janeiro. De fato, aquele hibridismo configurou um desmesurado absurdo, pois aquelas três primeiras Lojas, do autêntico Rito de York norte-americano (que me seja indulgenciada a quase-perissologia) não deveriam ter sido relacionadas com as outras, porque elas, as três primeiras, nunca pertenceram ao Grand Concil of Craft Masonry in Brazil.
Aproveito esta oportunidade para assinalar, ainda mais, que o então renomado autor cometeu outro equívoco, na grafia do título de seu trabalho, pelo fato de ter escrito Brasilian Masonry. Ora, em inglês, é Brazilian, com z, e não com s. Equivocou- se, novamente, ao escrever Grand Concil of Craft Masonry in Brasil. Ora, em inglês, é Brazil, com z, e não com s.
Em 6 de maio de 1935, o Grande Oriente do Brasil, cujo Grão-Mestre era o Irm\ General José Maria Moreira Guimarães, e a United Grand Lodge of England, representada pelo Irm\ Peter Swanson e pelo já citado Irm\ Reginald Arthur Brooking, assinaram um Convênio Solene de Aliança Fraternal, fazendo com que, entre outros itens, o Grand Council of Craft Masonry in Brazil deixasse de existir ,e, assim, as então dez Lojas, que, aqui, no Brasil, trabalhavam no inominado Rito inglês (não nos esqueçamos de que estou focalizando, agora, o ano de 1935) passaram a pertencer à mencionada potência maçônica britânica. Eram as já relacionadas no Tratado de 21 de dezembro de 1912, menos a Saint George, de Pernambuco, e a Edward VII, do Pará, mais a Friendship, do Rio de Janeiro, Centenary, de São Paulo, Campos Salles, de São Paulo, e Royal Edward, do Rio de Janeiro. É importante aduzir que, mais tarde, em 4 de fevereiro de 1953, viria a ser fundada a Santo Amaro, cuja regularização ocorreu em 2 de maio daquele ano, data da expedição da Carta Constitutiva (já vimos que, em inglês, é Warrant of the Lodge).
Em 1976, um Obreiro que viu a Luz Maçônica em 30 de junho de 1922, sempre muitíssimo dedicado, porém sem conhecer alguns dos relevantes meandros históricos, ao providenciar uma nova edição do mencionado Ritual de 1920, inseriu-lhe, por conta própria, a catastrófica de- nominação Cerimônias Exatas do Rito de York, adulterando o título usado pelo Irm\ Joseph Thomaz Wilson Sadler, ou seja Cerimônias Exactas da Arte Maçônica (já vimos que, naquele ano de 1920, havia o c intermediário no adjetivo Exactas). A aludida edição de 1976, apesar de redigida em português, é pertinente à United Grand Lodge of England, pois foi elaborada para a Campos Salles Lodge, de São Paulo-SP, que, desde o Convênio de 6 de maio de 1935, já citado, é subordinada àquela potência maçônica inglesa.
Se os absurdos fossem suscetíveis de mensurabilidade, o maior de todos estaria no fato de o Grande Oriente do Brasil, ao imprimir o seu próprio Ritual do inominado Rito inglês (ou seja, do fictício Rito de York), consoante o Decreto nº 41, de 12 de dezembro de 1983, assinado pelo então Soberano Grão-Mestre Irm Jair Assis Ribeiro, haver cometido a suprema incúria de copiar, letra por letra, o referido Ritual da Campos Salles Lodge, até mesmo o texto em que o Venerável Mestre mostra ao Neófito a Carta Patente e lhe entrega cópias dos Livros da Constituição da United Grand Lodge of England! É claro que, ao invés de tal leitura e de tal entrega, o portador do Primeiro Malhete nunca deixaria de fazer a imperiosa adaptação concernente à citada potência maçônica brasileira, corrigindo a imperdoável desatenção do editor.
Na esperança de ter apresentado pontos elucidativos, encerro estas considerações, remetendo o meu tríplice e fraternal abraço aos Respeitáveis Irmãos Leitores.