quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Qual a Acácia de mim conhecida?

Loja Ocidente - Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa - Qual a Acácia de mim conhecida?
Ilustração WIKIPEDIA, enciclopédia livre.

A iniciática Lenda de Hiram, do ponto de vista do simbolismo maçónico, apresenta-se como um complexo sígnico, esotérico, onde os significantes adquirem ocultos significados ao longo da viagem espiritual empreendida pelo neófito em busca de referentes longínquos.

Jules Boucher, dá-nos um ponto de partida (…) Pretende-se que essa lenda, a de Hiram, tenha sido inventada em 1725, porque nenhum documento a menciona anteriormente sob a forma em que a conhecemos. (…). No entanto, nada obsta que na origem desta lenda estejam antigos rituais de iniciação transmitidos oralmente. No labirinto das lendas por vezes encontram-se pontas, indícios que nos conduzem a evidências num passado longínquo, antigas tribos egípcias e árabes usavam a acácia em cerimónias fúnebres e iniciáticas. Seguindo o fio de Ariadne na Lenda de Hiram, encontramos o local geográfico dos acontecimentos, o Médio Oriente. Encontramos também o tempo da lenda, o decorrer da construção do Templo de Salomão.

Esta prancha surge pela diversidade de referentes relativos à acácia Maçónica e porque, citando ainda Joules Boucher, (…) Na Maçonaria, o símbolo é constante e latente em todas as suas partes. É preciso, portanto, penetrar pacientemente no seu significado. (…)

Rumando por estreitos caminhos significantes, deparei na Lenda com um ramo de árvore sobre o lugar onde haviam ocultado com terra o corpo de Hiram, a acácia fora a planta escolhida pelos três assassinos, fora usada na Lenda como um sinal, marcando um lugar prístino cujo significado se encontra nos mistérios da Maçonaria. A acácia é um símbolo que assinala a descida de um corpo à terra, tal como a semente desce à escuridão para sofrer o ataque dos elementos, a podridão. A matéria que se decompõe nas trevas, fica ao mesmo tempo prenhe dos filhos que irão renascer para a luz. A acácia Maçónica simboliza uma metáfora da vida, o espírito de Hiram que renasce em cada maçom, tal como a semente que germina e frutifica. Uma sucessão de morte e renascimento simbolizados na acácia, o percurso da Humanidade no ser que emergiu das profundezas até à superfície, o solo de onde se ergueu assumindo a vertical, elevando a cabeça e o espírito na direcção da Luz.

Relativamente ao referente da acácia simbólica, J. Boucher é de opinião que, (…) A Maçonaria no Ritual de Mestre deve utilizar a acácia, impropriamente chamada de “mimosa”, e não a robinier, que não é uma acácia. (…). Diz ainda sobre o referente deste signo, (…) a simbólica das flores faz da “mimosa” o emblema da “segurança”; isto é, num sentido mais amplo, da “certeza”. Certeza de que a morte simbólica de Hiram (…) anuncia não uma destruição total do Ser, mas uma renovação, uma metamorfose. (…)

As duas acácias referidas por J.B., só foram conhecidas depois do século XVI, época dos descobrimentos europeus. A Robinier (falsa acácia ou pseudo acácia) é oriunda do Norte do continente americano e a acácia Dealbata (acácia mimosa) oriunda da Austrália, sendo as mais utilizadas como referentes na representação gráfica da acácia Maçónica. A meu ver, nem a acácia Robinier, nem a acácia Dealbata se apresentam em consonância com a lenda.

O Médio Oriente é o local de origem de uma outra acácia, a Nilótica, também conhecida por acácia do Egipto, árvore da goma-arábica ou ainda pelo seu nome Árabe, Houza ou Aluzzá. A sua madeira, dada como imputrescível, está referenciada em textos antigos como sendo o material eleito para a produção de objectos sagrados. Outrora, algumas tribos do Médio Oriente consagraram-lhe um culto religioso, além de outras referências quanto à sua utilidade em antigas indústrias e na saúde. Esta acácia do Egipto, a Nilótica, pelo seu envolvimento na cultura de antigas civilizações do Mediterrâneo Oriental, parece ser a mais consistente com o espaço e tempo descritos na lenda.

Robinier, Dealbata, Nilótica ou outra, a qual delas consagrarei a morte e o renascimento? Não me parece que a espécie de acácia possa interferir no significante ou no significado ritual que tem na Maçonaria. Mas relativamente ao referente, a acácia a partir do qual se constrói a ideia, não será possível afirmar o mesmo. Sobre símbolo e referente, ocorre-me ao pensamento a Índia do século XVI, onde Garcia de Orta, por observação local, sensorial, descreveu no seu livro Colóquios dos Simples e Drogas e Cousas da Índia, muitas plantas que até ali eram representadas, de forma mais imaginária que real, nos antigos manuais de medicina Gregos e Latinos.

A (…) diferença entre bem sabido (ver) e mal sabido (ouvir dizer). (…) fomentado por este cientista, [*], alterou o conhecimento e o saber no período do Renascimento. Por outro lado e numa outra perspectiva, existem signos, símbolos do imaginário da cultura ocidental, dos quais se reconhece o significante e o significado sem que seja importante a existência física do referente. Como exemplo podemos observar o que se passa com o signo, sereia; um significante que a maioria das pessoas reconhece. Do seu significado também se dirá o mesmo, mas ninguém poderá dizer que viu o referente da sereia. Relativamente à imaginada lenda de Hiram, onde existe a planta sagrada da Maçonaria, haverá certamente um referente, a acácia mais plausível.

Às voltas com o puzzle simbólico da Lenda, acabo por encontrar na acácia Nilótica particularidades esotéricas, convergentes com a filosofia Maçónica; a sua madeira é tida como imputrescível, tal como se deverá apresentar o espírito Maçónico, ou ainda uma outra particularidade, comum a outras acácias, a folhagem abre-se com a luz e fecha-se com a escuridão, também no percurso do neófito Maçom, este procura a Luz e recusa as trevas. Como nas palavras de António Arnaut, (…) descobrir o oculto, a outra face, através de signos cuja compreensão está no mais íntimo de nós. (…)

Estão disponíveis, em livro e na net, textos antigos e modernos, sagrados e profanos que falam sobre a acácia, quase sempre de forma genérica, atribuindo-lhe inúmeras particularidades muitas das quais relativas a culturas e religiões antigas. Na literatura Maçónica, por mim consultada, encontrei estas particularidades muitas vezes coladas à acácia Mimosa ou, à Robinier, esta última muito representada, nos aventais e faixas Maçónicas, por dois ramos de falsa acácia estilizados. A indefinição que encontrei quanto à espécie da planta alimenta a ideia generalista que temos deste símbolo Maçónico, a nossa Árvore Sagrada. Existem várias centenas de espécies de acácia, oriundas de várias partes do mundo, com muito em comum e substanciais diferenças entre si. Dada esta diversidade, seria legítimo “dar-se o seu a seu dono”. Será a Nilótica, a “acácia verdadeira”?

Definir a acácia exotérica, no mundo virtual da Lenda de Hiram, é contribuir para o conteúdo da acácia esotérica nos mistérios da Maçonaria. A minha intuição leva-me a crer que a acácia verdadeira seja do Médio Oriente, e neste caso a acácia Nilótica. Mas, uma observação física, presencial e sensitiva, de um exemplar desta espécie serviria para confirmar, ou não, esta minha intuição.
No Jardim Municipal de Serpa, procurando um pouco de sombra e frescura numa tarde soalheira, encontrei-me frente a uma falsa acácia, a Robinier. Nas dunas da Costa da Caparica, procurando um pouco de Sol, encontrei duas espécies de acácia, posteriormente irei tentar identificá-las. Em Lisboa, desloquei-me ao Jardim Botânico. Informaram-me que ali não existia esse espécime de planta, o que vim a confirmar pelo Guia do Jardim Botânico da F. C. L. Envolto na diversidade botânica do Jardim, vi outras acácias. Imóvel como as árvores, desfrutei da sombra e do silêncio levemente interrompido pelo rumor da cidade.

Prosseguindo a minha busca, procurando pistas que me direccionem até à árvore da goma-arábica, a Nilótica, fui ao Jardim Museu Agrícola Tropical. Consultei o Guia de espécies Botânicas disponibilizado para informação ao visitante, constatei que a planta motivo da minha busca não existia naquele espaço verde. Tal como acontecera anteriormente, vagueei pelo jardim e encontrei outras acácias. Mesmo sendo um leigo em matéria de botânica, visualmente começo a constatar algumas diferenças na folhagem das acácias, nas vagens e no tronco.

Alimentei a expectativa de ser o Jardim Garcia de Horta, o local para um possível encontro com a Houza, a acácia Nilótica. No entanto, para meu desconsolo, nas placas informativas sobre as plantas deste Jardim não a encontrei. Andei por ali à toa, aumentei o número de espécies de acácia fotografadas. Comecei a concluir que não me seria fácil o encontro.

Se calhar irá passar muito tempo até me ver frente a frente com uma acácia Nilótica, sentir o seu odor, a forma e a cor, além da percepção táctil. Por agora, sinto a leve impressão de ter chegado ao ponto onde iniciei esta prancha.

Carlos Capelas M:. M:.
Maio de 2008

Bibliografia:

António Arnaut, Introdução à Maçonaria
A. H. Oliveira Marques, Dicionário de Maçonaria Portuguesa
Gerard Encausse, O que deve saber um Mestre Maçom
José Castellani, Dicionário de Termos Maçónicos
Jules Boucher, A Simbólica Maçónica.
[*] Luís Filipe Barreto, Descobrimentos e Renascimento
Pisani Burnay, Colecção Maçónica.
Rizzardo da Camino, Dicionário Maçónico
Umberto Eco, O Signo.

A Tolerância Maçónica


José Ortega y Gasset dizia que desconfiava do respeito de um homem para com o seu amigo ou para com a sua bandeira quando o mesmo não era capaz de respeitar o seu inimigo ou a bandeira deste.

O respeito pelo próximo (ainda que o próximo esteja tão distante que o consideremos nosso inimigo), é a "substância" de um valor que nós Maçons muito prezamos, o da Tolerância.

Noutra perspectiva, Fernando Teixeira, 1.º Grão Mestre da GLRP, dizia que a Tolerância acaba onde começa a estupidez.

As opiniões de Ortega y Gasset e de Fernando Teixeira são aparentemente contraditórias, desde logo porque respeitar o inimigo e a sua bandeira, para a maioria das pessoas, seria só por si um acto de estupidez.

Mas, ultrapassado que esteja este primeiro nível de abordagem, a aparente incompatibilidade das duas posições aumenta dado que Ortega y Gasset sugere o respeito ao outro mesmo que nos queira mal e Fernando Teixeira parece excluir do âmbito da Tolerância a estupidez, ainda que o estúpido nos queira bem.

Se mesmo em cenário de guerra deve ser respeitada a dignidade de um inimigo, capaz de nos tirar a vida, será que esse mesmo dever cessará perante o estúpido que não sabe o que diz, de tal modo que o possamos desrespeitar?

Parece-me óbvio que não.

O respeito pelo próximo é, na sua expressão mais básica, um dever de respeito pela diferença.

É a inevitável circunstância de todos sermos diferentes e o correspondente direito de o sermos que nos faz iguais. Nas diferenças de cada um reside a sua identidade. Eliminar o direito à diferença seria eliminar o direito à identidade.

O trabalho do Iniciado deve partir desse respeito pelos outros e pelo direito à diferença de opinião. Se há algum julgamento a fazer é o do iniciado a si próprio, de acordo com a máxima "conhece-te a ti mesmo" (adoptada por Sócrates e cuja autoria se atribui a Tales de Mileto).

A Tolerância, porque se trata de um dever e valor da Maçonaria, apenas incide sobre os que, fazendo parte da Ordem Maçónica, praticam a Arte, i.e., os Maçons.

O Maçon pauta a sua conduta por princípios maçónicos, não em função da conduta dos outros. A sua actuação é causal e não um mero efeito; é acção e não reacção.

Nisto consiste "o exemplo activo do seu comportamento viril, digno e são" e "a arte de conservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio indispensáveis a um perfeito controlo de si próprio" (11.º e 12.º Landmarks).

Tal como o cubo é cúbico, a conduta do Maçon deve ser maçónica. Quaisquer limites aos princípios e valores maçónicos dizem apenas respeito ao próprio Maçon.

Nestes termos, o limite da Tolerância a que se referia Fernando Teixeira não é o da estupidez dos outros mas, antes, o da estupidez em que incorre o próprio Maçon se tudo tolerar.

O Maçon, perante a estupidez alheia, não deve responder à letra a quem não está em condições de controlar o que lhe passa pelo espírito. Quaisquer que sejam os limites da Tolerância - e outros há como o fanatismo, a tirania, a ignorância, etc... - eles não consentem ao Maçon margem para ele próprio actuar como um fanático, um ignorante ou um tirano ...

Se ao fim de algumas tentativas não conseguirmos abrir uma porta porque a chave não se adequa à fechadura, o melhor será mudarmos de chave.

Pouco inteligente seria insistir na mesma chave ou, por exemplo, optar por pontapear e insultar a porta. Para além de não resolvermos o problema, seríamos tão ou mais estúpidos do que a própria porta.

O Maçon busca a Virtude sem necessidade de humilhar alguém.

Por isso, perante a estupidez alheia, ao Maçon bastará mudar. Ou de conversa ou de interlocutor ...

Da Iniciação: Ruptura, Despertar e Absoluto

“A Filosofia sem Iniciação não conduz a nada,

A Iniciação sem Filosofia conduz à estupidez.”
Ibn Arabi

A Iniciação é Ruptura

Sem Ruptura não há Iniciação. Quando há Iniciação sem Ruptura, não é Iniciação, é uma concepção mental da mesma.

Ruptura com o nosso ego – que mais não é do que um eu ilusório, um falso eu, no qual procuramos uma cómoda e irrealista sensação de segurança no sempre mutável mundo da manifestação.

O ego é tão frágil quanto a concepção meramente racionalista e mental da Realidade. O ego é um guardião do umbral, nele se projectam todos os nossos piores receios. É verdadeiramente o nosso pior e único inimigo real. É um obstáculo à Iniciação, mas pode também ser um impulsionador da mesma. Para tal, o ego deve ser considerado como aquilo que é, nem mais, nem menos. Ele pode ser um excelente servo, mas quantas vezes é um terrível senhor!…

O ego tem medo de perder algo. E quanto mais tenta prender com as suas garras aquilo que não pode ser preso, tudo lhe foge.

O eu não tem medo de perder o que quer que seja. Em primeiro lugar, porque nada lhe pertence. Em segundo, porque é tudo.

A Iniciação que é conferida ritualmente numa Ordem Iniciática autêntica transmite uma semente àquele que busca. Porém, assim como um terreno deve ser fértil e estar lavrado para abraçar e fazer crescer essa semente, o iniciável deve romper com o passado, romper com as falsas concepções que tem acerca de si próprio, romper com tudo aquilo que não é verdadeiro. Só quando deixar de pensar a Iniciação é que se tornará naquilo que já era mas não sabia, um Iniciado. É preciso ir para além de pensar a Iniciação. É preciso vivê-la, senti-la e pressenti-la. Por melhor que seja a semente, quando esta é plantada num mau solo, ou quando não é regada, ela jamais crescerá. Será uma semente morta, inútil, desperdiçada. Por isso existe o adágio místico: “Muitos são os chamados, pouco são os escolhidos.”

Receber a semente é o mais fácil. É no preparar o solo e no cuidar da semente que está a chave da realização da Grande Obra. E aí percebemos que a semente nunca nos foi verdadeiramente “dada”, ela já existia em nós, mas estava adormecida.

Na Iniciação, a transmissão é 1% do trabalho, a inspiração é também 1%. Os outros 98% são transpiração. Iniciação sem transpiração é teatro. Iniciação sem transpiração é não-vivência da mesma.

Por isso, bem mais importante do que o grau recebido numa iniciação, é trabalharmos no nosso laboratório-oratório interior para atingir o estado correspondente a esse mesmo grau. Porque, para quem o recebe ou transmite, o grau não implica ter atingido esse estado. O estado não se transmite, conquista-se.

A Iniciação é o Despertar

Enquanto não despertarmos somos homens da torrente, seres adormecidos, inconscientes da sua verdadeira condição.

Aquele que Desperta nasce para uma nova realidade. Ele não nega o “Jogo do Mundo”, conhecido entre os hindus como “Lyla”, o mundo da manifestação visível e da aparência, de natureza fenoménica, fruto do mundo real e invisível, do incriado, de natureza numénica.

Não negando o Jogo do Mundo, aquele que Desperta aceita-o, porque sabe que faz parte da Máquina do Mundo. Mas aceita-o sem o tomar pela realidade. Aceita-o como ilusão. Ele está no mundo, mas não é do mundo, porém, vive no mundo. A sua pátria verdadeira é a das estrelas.

Aquele que Desperta reconhece o mundo que vive como um sonho.
Aquele que Desperta reconhece o mundo que sonha como uma realidade.
Aquele que Desperta, acorda e, assim, tudo lhe é revelado. Pois tudo está em si e Ele é tudo.

Ele é Aquele que É.

A Iniciação é o Absoluto

A Iniciação está para além de quaisquer palavras. O segredo da sua eficácia apenas diz respeito àquele que a vive. Querer defini-la é negá-la.

As técnicas iniciáticas e as ordens iniciáticas devem conduzir o iniciado à Via. Quando não o fazem, não são iniciáticas, são estruturas temporais. A iniciação não é confinável ao mundo da temporalidade. O seu reino é outro, inefável e intocável. A iniciação está para além do tempo e das concepções dos homens.

Sem o Silêncio não se chega ao Mistério.
Sem o Mistério não se chega à Iniciação.
Sem a Iniciação não se chega ao Absoluto.

O Absoluto é o abandono ao ser em si. É o não-fazer e o não-ser: a Não-Via.

A Não-Via não exclui as vias, antes integra-as, potencializando-as como facetas particulares da expressão do Real.

As nossas concepções da Realidade não passam disso mesmo, concepções. E, sendo nossas, nunca poderiam deixar de ser limitadas. Para abraçarmos o Absoluto temos de nos entregar, abandonando-nos ao Vazio. Aí nós somos aquilo que somos e não aquilo que pensamos que somos.

Vazio de mim, eu sou uma taça-receptáculo para o Divino, um Graal cujas facetas são a expressão do múltiplo que é uno.

Três Avisos:

Se eu recusar a iniciação, serei um eterno adormecido, presa da temível fatalidade.
Se, iniciado, eu recusar a ruptura, serei uma infeliz vítima do meu ego.
Se, tendo vivido a ruptura, a negar, mergulharei na noite negra da alma e no limbo dos mundos.

Três Luzes:

A Iniciação Leva à Ruptura
A Ruptura Provoca o Despertar
O Despertar Conduz ao Absoluto

Alexandre Gabriel